Assim como cerca de 80 profissionais que deixarão o Cruzeiro até o fim desta semana, o ídolo Raul Plassmann, que tinha uma função como embaixador no departamento de marketing, não permanecerá no clube. Ele foi demitido na manhã dessa quinta-feira, conforme informou inicialmente o site Deus me Dibre. Presidente do Núcleo Dirigente Transitório, Saulo Fróes explicou o desligamento do ex-goleiro.
 
 
“Sou fã do Raúl. É um ídolo do clube, mas temos diversos ídolos. Se for assim, temos que colocar todos os ídolos. Não vou citar, pois vou ficar a noite toda citando. O que foi feito foi avaliação profissional e, principalmente, financeira. Eu não posso falar o salário dele, mas é um salário totalmente fora da realidade do Cruzeiro para o momento atual”, explicou Fróes em entrevista à ESPN. 
 
“Nada contra o profissional. Tenho certeza que ele vai encontrar um outro clube que ele possa também desempenhar essas funções dele. Não tem esse sentido de que ficaram outros (com salários altos). Ficaram outros, não. Tem muita gente saindo. Espera a lista completa (de demissões) (O torcedor) Pode ficar tranquilo que vamos tirar independentemente de nome, de ser ídolo ou o que for, porque não temos condições de pagar. Temos de ser realistas”, complementou.
 
Entre outras tarefas, Raul tinha como missão no Cruzeiro viajar para o interior de Minas Gerais e marcar presença nos Redutos Celestes. O ex-jogador participava, como ídolo, de encontros de torcedores para fortalecer a marca do clube pelo estado. Ele está na função desde a gestão do ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares, que administrou a Raposa entre 2012 e 2017.
 
Antes de chegar ao Cruzeiro, Raul foi comentarista da TV Globo. Como jogador, ele se destacou com a camisa celeste - foram 557 jogos - e pelo Flamengo, clube que defendeu em 227 oportunidades. No currículo, o ex-camisa 1 tem títulos como a Copa Libertadores (1976) e a Taça Brasil (1966). 
 
Raul não foi encontrado pelo Superesportes para comentar a demissão até a última atualização desta reportagem. Ao Globoesporte.com, ele disparou contra o clube, afirmou que o grupo gestor não teve "sensibilidade" e revelou que seus salários eram de cerca de R$ 14 mil (R$ 12 mil de remuneração, além de R$ 2 mil de auxílio-moradia).