Principais líderes de Atlético e Cruzeiro, Hulk e Matheus Pereira se posicionaram a favor da paralisação do Campeonato Brasileiro até que a situação no Rio Grande do Sul se resolva. O estado tem sofrido com as consequências das fortes chuvas há duas semanas. Galo e Raposa tiveram partidas adiadas contra Grêmio e Internacional, respectivamente, devido às enchentes em Porto Alegre. 

Autor do gol da vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre o Atlético-GO no último domingo (12), Matheus Pereira defendeu a paralisação do campeonato. O meia se manifestou após o jogo contra o Dragão e e se solidarizou com o povo gaúcho. 

"É muito difícil, situação complicada, foge do controle do ser humano. A gente tem que ser solidário nesse momento. O futebol é muito importante, mas as vidas são muito mais importantes. Por mim, acho que tem que parar (o Campeonato Brasileiro), e a gente se conscientizar, ser solidário”. 

Antes disso, Hulk também se manifestou sobre a paralisação da competição nacional após o treino aberto realizado pelo Atlético no último sábado (11), para arrecadar fundos para os moradores do Rio Grande do Sul. Mais de 35 mil torcedores estiveram no estádio para ajudar e apoiar o time e R$ 666 mil foram arrecadados. Além disso, a esposa do camisa 7 doou R$ 100 mil para as vítimas dos temporais. 

“O mais importante hoje são as vidas das pessoas que estão passando por uma situação delicada. Sabemos que não está sendo fácil para todos que estão no Sul neste momento. Eu amo jogar futebol, dou minha vida pelo futebol, mas hoje as vidas e as pessoas são mais importantes. Se for para o bem de todos paralisar, também estou de acordo”, afirmou Hulk.

Técnico líder do Brasileiro se manifesta 
Quem também se posicionou a favor da paralisação do Campeonato Brasileiro foi Cuca, técnico do Athletico-PR, líder da competição com 13 pontos. Após a vitória do Furacão contra o atual campeão Palmeiras, por 2 a 0, em São Paulo, o comandante fez questão de se manifestar sobre o assunto, mesmo sem ser questionado.

O treinador comentou sobre a situação dos times gaúchos que tiveram seus jogos adiados, a princípio, até o dia 27 de maio.
“Eu sempre tento me colocar no lugar das pessoas para poder fazer um julgamento. Eu penso que se eu tivesse algum familiar lá, como estaria a minha cabeça? Eu acho que temos que pensar nisso. Futebol ano que vem vai ter, no outro também, em um mês vai ter. Os times que estão acumulando jogos para frente, o que vai acontecer com eles? Essa sequência maluca que eles vão ter, não ter isonomia, não ter igualdade no campeonato”, destacou. 

*Estagiário sob supervisão de Angel Drumond