COPA


A organização da Copa do Mundo do Catar realizou neste domingo uma cerimônia de abertura que relembrou a história do torneio e apresentou a vida e a cultura neste região do Golfo.


Aproximadamente uma hora e 15 minutos antes do pontapé inicial do jogo entre Catar e Equador, teve início a cerimônia de abertura que durou 30 minutos no estádio Al-Bayt.


Sobre um fundo preto, o evento começou com um aceno ao estilo de vida tradicional no deserto, com camelos em bancos de areia que desenhavam o mapa-múndi.


Com a narração do ator americano Morgan Freeman, presente no estádio, a cerimônia passou a ser uma homenagem ao torcedor, com os cânticos de todos os países e camisas gigantes e bandeiras representando as seleções presentes neste Mundial.


Com uma grande mancha amarela em um dos fundos em algumas arquibancadas predominantemente pretas e brancas, as cores da vestimenta tradicional dos cataris - o 'dishdasha' para os homens e o 'abaya' para as mulheres - sem áreas reservadas por gênero, a cerimônia continuou com uma homenagem às Copas anteriores, com as mascotes de cada uma das edições passadas.


Em seguida, entrou em cena Jungkook, um dos sete integrantes do famoso grupo sul-coreano BTS, que interpretou 'Dreamers', uma das músicas oficiais desta primeira Copa do Mundo em um país árabe, ao lado do cantor catari Fahad Al -Kubaisi. 


Estrelas da música como Dua Lipa e Rod Stewart tinham anunciado que não participariam da cerimônia de abertura.


A cantora inglesa explicou no Instagram que espera visitar o Catar quando o país "cumprir todos os compromissos em matéria de direitos humanos que assumiu quando assinou a organização da Copa do Mundo", num momento em que o pequeno emirado do Golfo recebe críticas pelo tratamento dado aos trabalhadores migrantes e às pessoas do coletivo LGBTQIA+.


'Podemos viver juntos'
 
O ato foi liderado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, pelo xeque Tamim ben Hamad Al-Thani, que fez um breve discurso no qual, de maneira velada, se referiu às críticas do Ocidente quando à falta de respeito aos direitos humanos no país. 


"Pessoas de diferentes raças, nacionalidades, crenças e orientações se reunirão aqui no Catar e em torno das telas de todos os continentes. Como é bom que as pessoas deixem de lado o que as separa para preservar sua diversidade e o que as une ao mesmo tempo”, disse o emir.


"Estamos aqui reunidos como uma grande tribo. Com tolerância, respeito, podemos viver juntos", acrescentou.


Também estava anunciada a presença de vários chefes de Estado e de Governo, entre eles o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed ben Salman, e os presidentes palestino, Mahmud Abas; argelino, Abdelmadjid Tebboune; ruandês, Paul Kagame, e da Libéria, o ex-jogador George Weah.


O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, e o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, também estavam presentes.


O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, fará uma visita de dois dias ao Catar, mas não compareceu ao jogo de abertura, já que sua chegada está prevista para segunda-feira.


A Dinamarca, um dos países mais críticos à disputa do Mundial no Catar, informou que nenhum membro de seu governo, nem seu embaixador, irá comparecer ao evento.