JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO

Quem vê o placar apontar 3 sets a 0 pode imaginar que a semifinal olímpica do vôlei feminino contra a Coreia do Sul foi simples para o Brasil. Mas o roteiro não foi exatamente esse na manhã desta sexta-feira (tarde no Japão) na Ariake Arena. A Seleção Brasileira precisou de muita paciência para superar a forte defesa adversária, vencer com parciais de 25-16, 25-16 e 25-16 e conquistar a vaga na final dos Jogos Olímpicos de Tóquio.


A decisão será na madrugada de domingo, à 1h30 (horário de Brasília), contra a forte Seleção dos Estados Unidos, novamente na Ariake Arena.

As estadunidenses apresentaram grande nível na semifinal contra a Sérvia e fizeram 3 sets a 0 para garantir lugar na disputa pelo ouro. Sérvias e coreanas decidem quem fica com o bronze em jogo marcado para sábado, às 21h.


Brasil e EUA se enfrentaram recentemente na final da Liga das Nações. Em 25 de junho, as estadunidenses perderam o primeiro set, mas viraram para fechar em 3 sets a 1 e conquistar o título da competição disputada em Rimini, na Itália. Foi o último evento antes dos Jogos Olímpicos.

Recorde batido


Com a vitória, o Brasil garante ao menos a medalha de prata no vôlei feminino. Com isso, o país alcança 20 pódios e bate o recorde anterior (19), registrado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.


O Brasil sabe a cor de 16 medalhas: quatro de ouro, quatro de prata e oito de bronze. Outras quatro (futebol masculino, vôlei feminino e duas no boxe, com Hebert Conceição e Beatriz Ferreira) podem ser douradas ou prateadas. 


O jogo


Além das dificuldades impostas pela Coreia do Sul, o Brasil precisou superar um eventual desequilíbrio mental causado pela exclusão de Tandara da competição. A oposta foi testou positivo em um exame antidoping realizado antes da Olimpíada e deixou o Japão logo após saber o resultado. Foi detectada a presença da substância Ostarina.


A ponta Rosamaria foi escolhida para entrar na posição. Destaque na vitória sobre o Comitê Olímpico Russo nas quartas de final, ela foi muito bem mais uma vez e dividiu com Fernanda Garay as principais ações ofensivas do time.


E foi preciso muita paciência para superar as coreanas, que, como é costumeiro, se defenderam muito bem. Mas o Brasil combateu a fortaleza adversária com uma marcação também muito forte (com bloqueio e recepção bastante efetivos).


No ataque, o time foi menos imprevisível. Recuperada de uma lesão no tornozelo direito, a levantadora Macris ditou o ritmo ofensivo do Brasil rumo à final olímpica. Agora, é buscar o terceiro ouro (depois dos dois em Pequim, 2008, e Londres, 2012).