ATLÉTICO


Crente em uma "falta de critério" da arbitragem, o Atlético enviou um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A revolta é também motivada pela não marcação de um pênalti no empate com o Ceará, no Mineirão, em Belo Horizonte, no último domingo (9/10).


Na madrugada desta terça-feira (11/10), a CBF divulgou o áudio da conversa entre os árbitros de campo e de vídeo no empate entre Atlético e Ceará. O VAR viu ação de bloqueio no lance de possível pênalti, mas o juiz Flávio Rodrigues de Souza interpretou a situação como "não intencional".

Em entrevista à Band, na tarde desta terça-feira, o diretor de futebol Rodrigo Caetano protestou contra a arbitragem. Ele cobrou mais critério dos profissionais da CBF e questionou a intenção dos árbitros.

"Acho que tem muito a ver com o que o país inteiro falou no ano passado. Muitas decisões tomadas no campo são no campo sensitivo. Você é induzido a tomar uma determinada decisão. Vale para o jogador, para o treinador e para o árbitro também. Nós estamos entrando com o ofício pedindo a manifestação da comissão de arbitragem pedindo que se manifestem. Por que em lances iguais, em outros jogos e para outras equipes, é assinalado o pênalti e para o Galo não?", disse.

 

"Os erros e acertos valem para os dois. A atuação do VAR, se você pegar o histórico (e a gente tem esses números), é nesse sentido. Todas as vezes que o VAR chamou tem acontecido de ou terem voltado atrás em um pênalti nosso, ou dado um pênalti. Lances iguais na área a nosso favor nem passa. A nossa campanha nesse ano não nos permite elevar o nosso tom. Então cabe a nós fazer o que nos é dito como o rito normal. Nos manifestarmos através do ofício junto à comissão de arbitragem", completou Caetano.


Visitas do presidente à CBF

Em julho, o presidente Sérgio Coelho chegou a ir à sede da CBF, no Rio de Janeiro, para protestar contra a arbitragem. Na ocasião, um episódio polêmico envolvendo o juiz Anderson Daronco e o atacante Hulk ganhou repercussão. O árbitro teria dito ao atleticano para observar o tom nas reclamações, já que ele voltaria a apitar jogos do Galo. O clube mineiro interpretou como uma ameaça.

Sérgio Coelho revelou que deve voltar à CBF para novas reclamações. "Estou desanimado em falar com Seneme, porque me desloco até ao Rio, reúno com ele e o que sempre ouvi dele é que não existe erro do árbitro, ele defende os árbitros com unhas e dentes. É uma coisa horrorosa. Falta pouco para eu ter de sair de lá (CBF) pedindo desculpas a ele e aos árbitros. Saio com o sentimento que existe a nítida inversão de valores", disse o mandatário.