O Atlético admite publicamente ter errado no valor cobrado para vender o atacante Sávio ao Troyes, da França, em junho de 2022. Na ocasião, o Galo aceitou a oferta de 6,5 milhões de euros (cerca de R$ 35,6 milhões na cotação da época) do clube pertencente ao Grupo City.

Passados dois anos da negociação, dirigentes do Atlético, enfim, assumem que o jovem – agora aos 20 anos – deveria ter sido vendido por um valor maior.

Pouco depois de deixar o Brasil, Sávio brilhou no futebol europeu com a camisa do Girona, da Espanha, e se prepara para rumar ao poderoso Manchester City, do técnico Pep Guardiola. Além disso, passou a ser convocado para a Seleção Brasileira.

 Ao responder sobre o tema, o diretor de futebol atleticano, Victor Bagy, pontuou que a venda foi feita em um momento de baixa financeira do clube. O dirigente, contudo, reconheceu que o Atlético poderia ter abocanhado um valor maior.

“Primeiramente, a gente tem que contextualizar os momentos. No momento (da venda) do Sávio, o clube financeiramente necessitava fazer uma venda para cobrir outras despesas. Todo mundo tem a ciência de que foi uma venda aquém daquilo que o atleta pode entregar. Prova disso é que ele está na Seleção hoje”, iniciou Victor, em entrevista nessa quinta-feira (11/7).

 CEO do Galo, Bruno Muzzi corroborou a declaração: “Tem uma lição grande, sim. Se não houver equilíbrio financeiro, se não houver redução de dívida, às vezes esse tipo de coisa acontece. O momento era duro. Não há justificativa, todos nós sabemos que não foi o valor ideal. Mas essa importância de se pensar em reduzir (a dívida) para que não sejamos forçados a tomar medidas como essa”.

‘Selo’ de qualidade

Victor entende que a precificação considerada inadequada de Sávio indica que o Atlético deve investir ainda mais nas categorias de base para que esse tipo de situação não ocorra novamente. O dirigente quer que o clube crie uma espécie de “selo” de qualidade na formação na Cidade do Galo.

 “Mas, sim, serve de lição para que a gente possa buscar uma formação ainda melhor, para que o ativo – no caso, o atleta da base ou o atleta com potencial de venda – esteja num nível de qualidade condizente com uma precificação melhor. Então, é ter paciência, saber negociar, para que a gente não forme e perca atletas importantes, com potencial, por valores inferiores àqueles que realmente ele pode ser negociado”, pontuou.

 “Também, (buscar) melhorias na formação. Criar esse selo de formação também é importante. Quando você comunica ao mercado que você tem grandes potenciais e grandes valores no clube, o mercado te olha diferente. Então, é um desafio para a gente também criar esse selo, criar essa grife com os meninos, os crias do Galo, para que possam ser atletas de grande potencial, de grande performance e de grande valor de mercado”, finalizou.

 

Fonte:noataque.com.br