BOXE


Nos últimos dias, a hashtag #PatrocinemoEsquiva ganhou destaque no Twitter, após uma imagem do medalhista olímpico Esquiva Falcão - durante trabalho de entrega de minipizzas em sua moto - viralizar na internet. A comoção em torno do pugilista, que encontrou no negócio familiar a possibilidade de ganhar um dinheiro extra em meio à pandemia da COVID-19, resultou, nesta quarta-feira, na conquista de novo patrocínio. Nas redes sociais, o capixaba de 31 anos anunciou que fechou contrato com a Havan, empresa do setor varejista, com sede em Brusque (SC).


Esquiva deixou o boxe olímpico e migrou para o profissional em 2014. Ele compete na categoria dos médios (até 72,575 quilos). De lá para cá, fez 28 combates internacionais e venceu todos, 20 por nocaute. O último em fevereiro, quando bateu o russo Arthur Akavov. 


No mês seguinte, renovou contrato com a Top Rank, empresa sediada em Las Vegas (EUA). O vínculo com a promotora garante ao brasileiro mais três lutas nos próximos 12 meses. O capixaba vive a expectativa que uma delas valha o cinturão de campeão mundial.


"Sinto que esse ano devo lutar mais uma vez, entre setembro e outubro, mas ainda não pelo cinturão. Será uma luta difícil. Se ganhar, no ano que vem, aí sim, deve ser o combate pelo cinturão. Estou bem ranqueado, em terceiro [na IBF, sigla em inglês para Federação Internacional de Boxe]. Meu sonho é ser campeão do mundo e estou próximo, não posso desistir", afirmou o brasileiro.


Com as academias de Vila Velha fechadas, devido à pandemia, Esquiva mantém a forma como é possível dentro de casa. E a produção das minipizzas ajuda, de certa forma. "Minha esposa é do grupo de risco, meus filhos são pequenos, então só tenho saído para correr cedo, de madrugada, evitando ao máximo o contato. Aqui, tenho um saco de pancadas, um par de luvas e faço o básico. Mas bato dez quilos de massa [das mini pizzas] por dia, é parte do treino [risos]", concluiu o pugilista, que tem a cidade de Riverside como base quando está nos EUA.