Anjo das Pernas Tortas faleceu em 20 de janeiro de 1983
Ídolo do Botafogo, bicampeão mundial pela seleção e 'A Alegria do Povo'. Garrincha nos deixou há 35 anos. A lado de Pelé, formou o que pode ser considerada a maior dupla do futebol mundial. Em 1958, conduziu a seleção ao lado do Rei para o primeiro título do Brasil em copas, vencendo a Suécia, que jogava em casa, por 5 a 2 na final. Quatro anos depois, no Chile, com Pelé machucado, assumiu a liderança de um time que mostrou um futebol bonito, com Didi, Vavá, Zagallo e Amarildo, e levantou a taça novamente, dessa vez contra a Tchecoslováquia, por 3 a 1, não sem antes vencer os chilenos, donos da casa.
Só pelo Botafogo Garrincha marcou 245 gols em 614 jogos. Teve como dupla, ninguém menos que Nilton Santos, o maior lateral da história. Sua estreia foi em 1953, ainda jovem, na goleada por 6 a 3 sobre o Bonsucesso.
Foi casado com Elza Soares, nunca perdeu ao lado de Pelé na seleção brasileira e se despediu melancolicamente das copas em 1966, com um 11º lugar na Inglaterra, após a seleção ser eliminada por Portugal.
Depois veio o Junior de Barranquilla, Flamengo, até encerrar sua carreira em 1972, no Olaria, após 20 anos entortando defensores pelo mundo.
Morreu dia 20 de janeiro de 1983, no Rio de Janeiro, aos 49 anos, após longa batalha contra o alcoolismo.
Seu diálogo mais famoso aconteceu na Copa de 1958, quando o 'Anjo das Pernas Tortas' rebateu uma fala do então treinado Vicente Feola:
"Garrincha, é o seguinte: você pega a bola e dribla o primeiro beque. Quando chegar o segundo, você dribla também. Aí vai até a linha de fundo, cruza forte para trás, para o Vavá marcar (o gol)”.
Garrincha, assustado com as instruções, retrucou:
"Tudo certo, Feola, mas o senhor já combinou com os russos?"