Pisar na areia da praia e ser tietado por flamenguistas foram algumas das sensações experimentadas pelo goleiro Bruno no último mês de 2019 após quase uma década atrás das grades. Em seu Instagram, o jogador condenado pela morte da modelo Eliza Samudio, crime ocorrido em 2010, postou imagens de um passeio com a esposa Ingrid Calheiros e a filha do casal para Cabo Frio, no litoral do Rio de Janeiro.


A viagem terminou no dia 28 de dezembro, quando o goleiro postou agradecendo pelo carinho recebido em Cabo Frio. O encontro com fãs flamenguistas aconteceu na loja de um shopping da cidade. Na fotografia, torcedores rubro-negros sorriem ao lado do ex-goleiro do time, que segura uma bandeira estendida. Bruno jogava pelo Flamengo quando foi preso em 2010.

Condenado a 20 anos e nove meses pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação do cadáver de Elisa Samudio, Bruno Fernandes progrediu em julho de 2019 para o regime semiaberto domiciliar. O novo regime, no entanto, prevê que o goleiro deveria trabalhar durante o dia e retornar para casa à noite, estando ainda proibido de sair de casa entre 20h e 6h e de frequentar bares e boates.

A advogada do goleiro, Mariana Migliorini, foi procurada pela reportagem para informar se o jogador recebeu autorização judicial para deixar Varginha, mas não atendeu às ligações.

Novo emprego

Entre Bruno e o Tupi está tudo certo para o goleiro vestir a camisa do clube de Juiz de Fora nesta temporada. Só falta o documento de liberação da Justiça para que o jogador revelado no Atlético possa deixar Varginha, no Sul de Minas Gerais, onde cumpre pena em domicílio.

Em contato com a reportagem do Hoje em Dia, o presidente do Tupi, José Luiz Mauler Júnior, que também é advogado, afirmou que acredita que não haverá problema para a obtenção do documento. “Ele tem o direito ao trabalho, já tendo ajudado o Boa”, registra Júnior, citando o clube de Varginha onde o goleiro fez uma brevíssima passagem em 2017, antes de ter a liberdade revogada.