'Encostado' no começo do ano, Adilson dá volta por cima, assume titularidade e comemora bom momento

De jogador preterido no começo do ano a um futebol que vem se sobressaindo mesmo em um momento de reestruturação da equipe alvinegra. O volante Adilson esteve praticamente fora dos planos para a temporada, sendo enviado para a Florida Cup, nos Estados Unidos, em janeiro, num time formado por reservas dos reservas.

À época, a informação era que o jogador, que chegou ao Galo no começo do ano passado, estava “encostado” por opção do técnico Oswaldo de Oliveira. Seu nome, porém, foi cogitado numa negociação para a tentativa de vinda do atacante colombiano Copete, do Santos, algo que acabou não se concretizando.

Depois de entrar no decorrer da partida contra o Atlético-AC, a última de Oswaldo de Oliveira, Adilson ganhou a confiança do treinador interino Thiago Larghi e passou à condição de titular. Desde então, foram sete partidas começando entre os 11, ficando de fora apenas dos jogos contra Tupi e Tombense, pelo Campeonato Mineiro, quando foi preservado.

Segundo o jogador, a melhor técnica é fruto de um trabalho especial desenvolvido pela comissão técnica. Como ele participou da excursão para a América, ele, que já não tinha feito a pré-temporada de 2007 – já que estava em meio à competições pelo Terek Grozny, seu ex-time do futebol russo – acabou tendo parte das atividades preparatórias deste ano prejudicadas.

“Realmente, no início do ano, foi bem difícil. Eu não tinha muito o que falar naquele momento. Era mais trabalho do que qualquer coisa. Tem muita gente bacana no Atlético que acreditava no meu potencial e tem dado um suporto todo para fazer os treinamentos extras, reforços e tudo o que eu precisava, que tinha perdido em boa parte da pré-temporada”, ressaltou o volante.

Posicionamento. Adilson ganhou a posição de Arouca e vem exercendo a função de primeiro volante, mais fixo à frente da zaga, já que Elias, seu companheiro titular de posição costuma sair mais para o jogo. No último jogo, no entanto, contra o Figueirense, pela Copa do Brasil, Elias, com amigdalite, não teve condições de atuar. Assim, Arouca acabou sendo seu parceiro de setor, algo que acabou mudando o posicionamento de ambos em campo.

“Naturalmente, o Arouca tem características mais defensivas. Ele acabou baixando para ficar do meu lado. O Elias tem uma questão ofensiva mais aguçada. Ele se posiciona mais adiantado. A gente costuma estar treinando, já se conhece”, ponderou Adilson, autor do passe para o gol de Ricardo Oliveira na derrota atleticana por 2 a 1 no tempo normal. A classificação veio nas penalidades.