O uso do Gás Natural Veicular (GNV) representa uma alternativa de redução de custos e também uma redução de impactos ambientais na matriz de transporte quer seja no transporte rodoviário de cargas quanto no transporte de passageiros em grandes centros urbanos. Isso ocorre devido a capacidade do GNV de produzir uma menor emissão de poluentes por causa dos gases que o compõem, atendendo assim ao Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) que entrou em vigor no Brasil em janeiro deste ano.

O mercado automotivo pode ser um dos principais destinos para o esperado aumento da oferta da molécula de gás em condições mais competitivas. Com destaque para as montadoras Scania, Iveco e MWM Motores que desde 2019 vêm trazendo opções de veículos novos a gás ou até mesmo, adaptações em veículos originalmente a diesel.

Em entrevista ao repórter Júlio Wiziack, da Folha de S. Paulo (23.07), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, manifestou a intenção de estimular o uso de GNV em caminhões. Sua ideia é diminuir o consumo do diesel no país e reduzir o custo do frete. “Não dá para dizer que haverá subvenção ao caminhoneiro. Não tem isso no momento, mas o preço vai cair tanto com essa expansão, que ficará atrativo fazer a conversão”, argumentou ao defender o denominado plano “Novo Mercado de Gás”.

Para Ediberto Omena, Diretor Presidente da Algás, entende que “esse mercado representa uma grande oportunidade de alavancar as vendas de gás natural, quer seja saturando a rede de postos existentes, pois há capacidade ociosa no parque de compressores que já operam, ou investindo para ampliar as fronteiras, fomentando postos nos principais corredores logísticos e principais rotas rodoviárias que cruzam os Estados.”. E segue defendendo que “para Companhias de Gás Natural essa integração e interconexão de rotas permite a expansão do GNV como um todo, não só nas suas respectivas áreas de concessão”.

 

Fonte: tribunahoje.com