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A Ambev, maior fabricante nacional de cerveja e dona de praticamente três quartos do mercado, informou que as vendas do produto no Brasil aumentaram 25,4% em volume no terceiro trimestre de 2020. “No Brasil, em cervejas, nós tivemos uma performance consideravelmente melhor que a indústria, impulsionados pela implementação bem-sucedida da nossa estratégia comercial, adaptabilidade do nosso calendário de preços e efeito líquido positivo dos subsídios governamentais no suporte à renda disponível dos consumidores, o que mais do que compensou o impacto do fechamento do on-trade que ainda está em processo de reabertura”, aponta a companhia em seu balanço.
Alarico Assumpção Júnior, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), que representa as concessionárias, destacou que, em outubro, foram emplacados 215 mil veículos (caminhões e ônibus), volume 3,54% a mais que em setembro, o maior do ano e o quarto mês consecutivo de crescimento. Para os lançamentos, já há filas de espera de mais de 60 dias. “Notamos que os clientes estão mais confiantes, tomando a decisão de compra, facilitada pela oferta de crédito”.
A Calçados Bibi precisou que funcionários de apoio e de manutenção fizessem horas extras, embora em pouca quantidade. Como a marca não demitiu durante a pandemia, o quadro está completo para atender a retomada da produção. “Na fábrica da Bahia, por exemplo, aproveitamos as jornadas reduzidas e fizemos melhorias no layout de processo, algo que estava nos planos. Nos meses de retomada, as fábricas conseguiram aumentar muito a eficiência e até aumentaram a capacidade de entrega com isso. Foram os melhores índices de produtividade da história”, relata a empresa.
Sem pressa
Apesar da grande variação positiva no mês de setembro, a CNI informa que o faturamento ainda é negativo em 1,9%, quando se compara o acumulado do ano (janeiro a setembro), em relação ao mesmo período de 2019. “Foi uma recuperação mais forte que o esperado, mas não significa que o Brasil vai voltar a crescer mais de 2% ao ano, como precisa crescer, para o padrão de vida do brasileiro se igualar ao dos países desenvolvidos”, alerta o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.
Ele aponta que a indústria conseguiu se recuperar, mas ainda tem alguns problemas nas cadeias produtivas, por falta de insumos, e enfrenta o alto custo de energia, devido aos encargos sobre a conta de luz, e um alto custo pela complexidade do sistema tributário nacional. “O grande desafio é voltar à agenda de competitividade, principalmente à da reforma tributária, para que o Brasil tenha realmente uma indústria competitiva e volte a crescer mais de 2% ao ano, para o bem de sua população”.
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