Fim da distorção

A retirada das tarifas sobre cafés brasileiros pelos Estados Unidos já provoca reação imediata no setor. A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) celebrou, nesta sexta-feira (21), o fim da cobrança, após ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump. 

Segundo a entidade, a medida corrige a “distorção criada” pelo tarifaço imposto ao Brasil, que havia afetado diretamente o fluxo comercial entre o maior produtor e exportador de café do mundo e o maior mercado consumidor. 

Durante os três meses de vigência das tarifas - entre agosto e outubro - as exportações de café especiais aos EUA caíram cerca de 55%, passando de 412 mil sacas de 60 kg no mesmo período de 2024 para as atuais 190 mil sacas, conforme dados da BSCA.
A entidade afirma que, com a suspensão, a tendência é que o fluxo “normal” de comércio seja restabelecido.

Retomada após anúncio de Trump

O anúncio da Casa Branca, feito na quinta-feira (20), retirou a alíquota extra de 40% sobre produtos brasileiros, incluindo café, carne, frutas e chás. Em ordem executiva, Trump afirmou que a decisão veio após conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e após progresso nas negociações entre os dois países.

Setor unido

A BSCA destacou, ainda, a atuação conjunta da cadeia produtiva brasileira - Associações Brasileiras das Indústrias de Café (ABIC) e de Café Solúvel (ABICS), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e Conselho Nacional do Café (CNC).