Prefeitura já havia diagnosticado que os brasileiros teriam dificuldade financeira para viajar ao exterior
A virada para 2018 no Rio de Janeiro gerou expectativa de recordes para os organizadores da maior festa de réveillon do Brasil, na Praia de Copacabana. Para a noite do domingo (31), eram esperadas 3 milhões de pessoas, com queima de fogos com a inédita duração de 17 minutos. De acordo com Marcelo Alves, presidente da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), a taxa média de ocupação dos hotéis já era de 97% às vésperas do réveillon. Ele avalia que o contexto econômico contribuiu para que esses números inéditos fossem alcançados.
"A crise nos ajudou. A crise sempre tem um lado bom. O brasileiro deixou de ir para fora, deixou de passar o réveillon em outras localidades e veio para o Rio de Janeiro. Está aí esta lotação em todos os hotéis, com overbooking [número de reservas superior ao de quartos] em alguns. São 94 desembarques de navios no Rio de Janeiro. Ontem (30) tivemos 12 mil turistas chegando somente de navio", informou.
Marcelo Alves disse que a prefeitura já havia diagnosticado que os brasileiros teriam dificuldade financeira para viajar ao exterior e, por essa razão, realizou um trabalho de comunicação focado nos moradores do país. Segundo ele, cerca de 80% dos turistas que vieram ao Rio de Janeiro são brasileiros e, destes, a maioria é proveniente dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Para o presidente da Riotur, outro fator que colabora para o alcance dos recordes é o crescimento da rede hoteleira. "Quando você tem uma capacidade de hospedagem que triplicou em comparação com o período anterior à Olimpíada de 2016, a expectativa é de lotação na praia".
De acordo com estimativas da Riotur, o turismo de réveillon deve injetar R$2,2 bilhões na economia carioca. A virada de ano também foicelebrada em outros oito pontos da cidade e a praia de Copacabana está sediando uma semana de eventos. Na sexta-feira (29), um baile-show da Orquestra Tabajara deu início às celebrações. E no próximo sábado (6), um encontro de todas as escolas de samba do Grupo Especial com a Orquestra Sinfônica da Petrobras encerrará a programação. A expectativa da prefeitura é que a união de ritmistas forme a maior bateria, garantindo assim mais um registro no Guinness, o Livro dos Recordes. Com informações da Agência Brasil.