Aumento representa variação entre 4,5% e 5,147% nos postos onde é comercializado
Segundo o presidente da estatal, o aumento representa variação entre 4,5% e 5,147% nos postos onde é comercializado aos consumidores.
Em comunicado, a Petrobras afirma que adotou “rigorosa observância do alinhamento de seus preços com a paridade internacional”. “O reajuste levou em consideração os mecanismos de proteção, através dos derivativos financeiros, e as variações de demais parcelas que compõem o Preço Paridade Internacional (PPI) com destaque para redução recente do frete marítimo”, informou a estatal.
Castello Branco afirmou ainda que não houve perda com o adiamento do reajuste. "A Petrobras teve perda zero com adiamento do ajuste do diesel", isso por conta do hedge feito pela companhia. "O frete marítimo caiu e por isso o aumento foi menor que o anunciado (anteriormente), de 5,7%", afirmou, completando: "Esse acontecimento teve final feliz, reafirmou a independência da Petrobras".
O episódio do aumento dos combustíveis provocou crise no governo entre o presidente Jair Bolsonaro e a equipe econômica. A determinação Bolsonaro para que a Petrobras suspendesse o aumento no preço do diesel foi vista como catastrófica na área econômica do governo.
Na semana passada, horas depois de anunciar o aumento do preço do diesel a Petrobras voltou atrás e informou que manterá "por mais alguns dias" o preço praticado desde 26 de março, quando mudou sua política de reajustes.
No mês passado, diante do risco de nova greve dos caminhoneiros, a empresa anunciou que os preços do diesel nas refinarias, que correspondem a cerca de 54% do total pago pelo consumidor, passarão a ser reajustados "por períodos não inferiores a 15 dias". A estatal informou também, à época, que "continuará a utilizar mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, cujo objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino".
Antes do recuo da Petrobras sobre o aumento do preço do diesel, o presidente da República, Jair Bolsonaro, procurou o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, para tratar do assunto. Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, embora a iniciativa tenha partido de Bolsonaro, a decisão foi tomada em conjunto.
A decisão da Petrobras jogou para baixo as ações da estatal no pré-mercado de Nova York e na B3, a Bolsa de São Paulo, na última sexta-feira.