Segundo o repórter Nilson Klava, da GloboNews, que antecipou a informação, o temor de Paulo Guedes era ficar exposto ao ser sabatinado apenas por deputados da oposição. Dentro do Congresso, não havia disposição de partidos de centro e centro-direita irem para os debates com o ministro da Economia. Em nota, a pasta confirmou a equipe técnica e jurídica estará na CCJ e disse que “a ida do ministro da Economia será mais produtiva a partir da definição do relator”.
O secretário especial da Previdência e Trabalho, o ex-deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), comunicou a alguns parlamentares a desistência de Paulo Guedes.
Ainda de acordo com a GloboNews, aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) mandaram um recado a Paulo Guedes, alegando que o consideram o melhor interlocutor do Planalto com o Congresso e que não era ideal, nesse momento, que o ministro ficasse exposto à oposição por conta dos recentes atritos causados por declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Também pesou o fato de ainda não haver relator nomeado para a Reforma da Previdência na CCJ.
Trâmite na Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça é a maior da Câmara, com 66 integrantes, e vai analisar se há constitucionalidade na proposta enviada pelo governo. Para ser aprovada, é necessária maioria simples, ou seja, chancela de 34 deputados. Caso isso aconteça, será criada uma Comissão Especial. A partir disso, a matéria seria deliberada com especificidades.
Quatro deputados federais pernambucanos serão titulares da CCJ: Danilo Cabral (PSB), João Henrique Campos (PSB), Renildo Calheiros (PCdoB) e Pastor Eurico (Patriota). São suplentas André de Paula (PSD), Augusto Coutinho (SDD), Silvio Costa Filho (PRB), Tadeu Alencar (PSB) e Túlio Gadêlha (PDT).