Dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), apontam que mais de 350 mil eventos deixaram de ser realizados em 2020 - o número inclui shows, festas, congressos, rodeios, eventos esportivos e sociais, teatro, entre outros - ; o que fez com que o setor deixasse de faturar ao menos R$ 90 bilhões.

A liberação de eventos sociais, impulsionada pelo avanço da vacinação contra a Covid-19 e a diminuição dos casos graves da doença, voltou a aquecer o setor, que precisou pausar suas atividades por causa da pandemia. Na última quarta (25), o governo de Pernambuco ampliou a capacidade de funcionamento de casas de eventos e buffets. Agora, os espaços vão poder funcionar das 8h à 1h da madrugada, com 300 pessoas ou 80% da capacidade do local, o que for menor.

Com a corrida para realizar os eventos suspensos, empresários já têm lista de espera e já começam a gerar novas oportunidades de trabalho. Para dar conta de nove eventos por semana nas três casas de festas que gerencia, a empresária Priscilla Rodrigues gera 32 postos de trabalho diretos e indiretos para cada evento com 100 convidados. “São floristas, barmans, fotógrafos, decoradores, cozinheiros, garçons, piscineiros, entre outros profissionais que passaram mais de um ano sem trabalhar e com dificuldades para garantir o sustento de suas famílias”, destaca Priscilla.


A expectativa é trabalhar todos os dias. “Os fins de semana, que normalmente são mais procurados, já estão reservados, mas a demanda reprimida está tão alta que as pessoas também estão procurando agenda nos dias de semana. Então a expectativa é que tenhamos eventos de segunda a segunda”, ressalta Priscilla, que mantém todos os protocolos de segurança sanitária estabelecidos pelo Governo de Pernambuco.


Com casas de Festa em Abreu e Lima, Paulista e Itamaracá, a produtora de eventos já tem festas agendadas para 2022 e comemora os avanços anunciados pelo governo. “Estamos tendo uma lista de espera. A maioria dos nossos eventos são casamentos de pessoas que noivaram durante a pandemia, mas ficaram inseguras de fechar contratos. A retomada representa um alento e fôlego para nossos trabalhadores”, completa Priscilla.


Dj há 16 anos, Felipe Vasconcelos se sente aliviado desde que retornou ao trabalho. “A pandemia foi um período duro para sobreviver sem renda. Com a alta dos eventos tenho a esperança de trabalhar todos finais de semana e restabelecer minha dignidade financeira”, finaliza.