As lojas Americanas comunicaram nesta segunda-feira (16) que seu conselho de administração contratou a Rothschild & Co, para atuar na renegociação da dívida, a nível Brasil e internacional. As Americanas tem como uma das acionistas a 3G Capital, formada por Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

As Americanas encontraram inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões ligadas à conta de fornecedores. 

Em petição, o banco BTG, credor de R$ 1,2 bilhão da Americanas, pediu ao Judiciário a suspensão da Recuperação Judicial da empresa sob o argumento de que há uma gestão fraudulenta da companhia.
 
A Americanas (AMER3) comunicou nesta segunda-feira que seu conselho de administração contratou a Rothschild & Co, para atuar como interlocutora da companhia na renegociação da dívida, a nível Brasil e internacional.

“A Americanas reforça seu compromisso na busca de uma solução de curto prazo com os seus credores”, afirmou em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 As ações da Americanas despencavam 41,59%, a 1,84 real, nesta segunda-feira antes de terem as negociações suspensas por causa do fato relevante.

Na sexta-feira, a empresa obteve uma importante decisão da Justiça protegendo-a por 30 dias contra vencimento antecipado de dívidas, prazo que a varejista poderá usar para obter uma acordo com credores ou pedir uma recuperação judicial.

 Nesta segunda, a agência de classificação de risco Moody’s cortou a nota de crédito da Americanas de ‘Ba2’ para ‘Caa3’ e colocou o rating em revisão para rebaixamento adicional, acompanhando o movimento de suas pares Fitch e Standard&Poor’s na última sexta-feira.

De acordo com a escala da Moody’s, obrigações classificadas como ‘Caa’ são consideradas especulativas com baixo posição e estão sujeitas a risco de crédito muito elevado. A nota ‘Ba’ também representa obrigações consideradas especulativas, mas sujeitas a substancial risco de crédito.