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string(97) "Herdeira do Itaú diz que parte da elite rompeu com Bolsonaro e "não vai embarcar numa aventura""
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string(2652) "Presidente do conselho curador da Fundação Tide Setubal e herdeira do conglomerado Itaú, Maria Alice Setubal, 70 anos, conhecida como Neca, criticou os questionamentos de Jair Bolsonaro sobre a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Ela esteve entre os 267 signatários iniciais de um manifesto em defesa do sistema eleitoral, que reuniu milhares de apoiadores. Neca destacou que parte da elite "esteve num primeiro momento com Bolsonaro" e depois "se afastou dele". "E eu acho que esse manifesto da semana passada foi um sinal importante de que parte da elite não vai adentrar qualquer aventura que possa acontecer politicamente", disse.
Os relatos dela foram publicados em reportagem da BBC Brasil. "Na hora em que você questiona o sistema eleitoral, você está questionando a democracia e gerando uma possível instabilidade que sempre assusta o mercado", acrescentou.
De acordo com a herdeira do Itaú, "não é da tradição brasileira empresários ou o setor produtivo - o 'mercado' - se manifestar politicamente, diferente de outros países, especialmente os Estados Unidos". "Isso acontece porque o governo federal tem uma influência muito grande nas empresas, nos diferentes setores, na alocação de recursos e na prioridade das políticas, o que gera dificuldade de manifestação pública com alguma crítica a posicionamentos governamentais", continuou.
A herdeira do Itaú destacou que parte da elite "esteve num primeiro momento com Bolsonaro" e depois "se afastou dele". "E eu acho que esse manifesto da semana passada foi um sinal importante de que parte da elite não vai adentrar qualquer aventura que possa acontecer politicamente", complementou.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, no final de julho, Neca afirmou que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro.
"Como cidadã e como figura pública, vejo que Lula tem um compromisso com a defesa da democracia e com todas as suas instituições. Ele também se compromete com o projeto de um país mais justo, menos desigual, no qual as diferentes vozes, brancas, negras e indígenas, poderão ser ouvidas e apresentarem suas demandas e visões de mundo".
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Os relatos dela foram publicados em reportagem da BBC Brasil. "Na hora em que você questiona o sistema eleitoral, você está questionando a democracia e gerando uma possível instabilidade que sempre assusta o mercado", acrescentou.
De acordo com a herdeira do Itaú, "não é da tradição brasileira empresários ou o setor produtivo - o 'mercado' - se manifestar politicamente, diferente de outros países, especialmente os Estados Unidos". "Isso acontece porque o governo federal tem uma influência muito grande nas empresas, nos diferentes setores, na alocação de recursos e na prioridade das políticas, o que gera dificuldade de manifestação pública com alguma crítica a posicionamentos governamentais", continuou.
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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, no final de julho, Neca afirmou que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro.
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