SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante brasileira de aeronaves Embraer informou que seu conselho de administração ratificou nesta sexta-feira os termos do acordo celebrado em dezembro pela companhia para uma aliança com a norte-americana Boeing.
A decisão veio um dia após o governo do presidente Jair Bolsonaro ter anunciado que abriu mão do direito de veto que possui na Embraer para questões estratégicas.
Em fato relevante, a Embraer afirmou que o conselho autorizou a celebração do "Master Transaction Agreement", que contém os termos e condições para a parceria na aviação comercial. Esse acordo prevê a criação de uma joint venture que vai incorporar a área de aviação comercial da Embraer, que terá 20 por cento do negócio, enquanto os 80 por cento restantes serão da Boeing.
O conselho da empresa brasileira também aprovou o "Contribution Agreement", que prevê a criação de outra joint venture, esta para cuidar das atividades do avião cargueiro KC-390, na qual a Embraer terá uma participação de 51 por cento, enquanto a Boeing terá os 49 por cento remanescentes.
O acordo anunciado em julho teve os termos aprovados em dezembro pelas diretorias das duas empresas.