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Há dúvidas, no entanto, em relação ao desempenho dos investimentos, do setor industrial e do mercado de trabalho no próximo ano.Nesta sexta (13), foi divulgado o IBC-Br (índice de atividade do Banco Central), que cresceu 0,17% em outubro, depois de avançar 0,48% em setembro na comparação mensal. Em relação ao mesmo período de 2018, o crescimento se manteve em 2,1%. Em 12 meses, continuou em 1%.As pesquisas do IBGE de produção industrial, comércio e serviços mostraram crescimento no mês, em alguns casos, abaixo do verificado em setembro, mas acima do esperado pelos analistas para esse mês do ano.
José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, afirma que é esperada uma melhora neste fim de ano em relação aos trimestres anteriores, mas diz não ver uma recuperação consistente do investimento, ainda restrito ao setor imobiliário em algumas cidades, e do nível de emprego. "Estamos oscilando em torno de uma coisa positiva, mas que não decola.
É melhor do que o começo do ano, melhor do que eu mesmo esperava, mas não tão melhor", afirma.O economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto, diz que os dados divulgados até o momento apontam para um crescimento nos últimos três meses do ano maior do que o verificado no terceiro trimestre."A demanda doméstica dá sinais cada vez mais claros de que está ganhando tração, principalmente pelos componentes consumo e investimento. É de esperar que o investimento seja um segundo 'drive' que se juntou ao consumo das famílias para impulsionar um crescimento mais forte.
"A instituição projeta um PIB de 1,1% neste ano e 2,2% no próximo. Porto afirma que, mesmo sem o incentivo do FGTS, o crescimento anualizado já está próximo de 2%. Ele estima avanço de 2,9% no consumo das famílias e mais de 4% no investimento no próximo ano, com destaque para o setor de construção.Para o banco, o principal risco para a confirmação desse cenário é uma desaceleração da economia mundial, hipótese com a qual o Citi não trabalha.
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