array(31) {
["id"]=>
int(128066)
["title"]=>
string(85) "Banco Mundial prevê Brasil entre as economias com pior desempenho na América Latina"
["content"]=>
string(4631) "SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Banco Mundial projeta crescimento de 3% para a economia brasileira em 2021, número próximo das estimativas do governo e do setor privado e que coloca o país entre os dez com resultados mais fracos esperados para 29 economias da América Latina e Caribe, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (29).
Em 2020, a economia brasileira encolheu 4,1%, a sexta menor queda e um resultado acima da média de -6,7% na região, que deve ter expansão de 4,4% em 2021, segundo o Banco Mundial.
O Brasil foi o país com maior gasto para enfrentamento da pandemia, devido ao auxílio emergencial.
A América Latina e o Caribe sofreram mais danos sanitários e econômicos devido à pandemia da Covid-19 do que qualquer outra região, embora haja potencial para uma transformação significativa em setores-chave à medida que a região começa a se recuperar, diz o relatório do banco.
O número de mortes, por exemplo, cresceu quase 90% na região, o triplo do aumento verificado na média mundial, enquanto a retração econômica foi maior do que em outros blocos de países. Para 2021, não há perspectiva de um ritmo de vacinação que confira imunidade à população da América Latina neste ano, segundo o banco.
"Os danos são graves e estamos diante de muito sofrimento, especialmente entre os mais vulneráveis", disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a região.
"Mas devemos sempre olhar adiante e aproveitar esta oportunidade de abraçar as transformações necessárias para garantir um futuro mais brilhante".
Para a instituição, a turbulência causada pela pandemia pode contribuir para uma maior produtividade por meio da reestruturação econômica e da digitalização. Há também oportunidades de crescimento decorrentes de inovações no setor elétrico, principalmente energia limpa.
Martín Rama, economista-chefe do banco para a região, afirma que a crise da Covid-19 terá impacto prolongado sobre as economias locais. Ele citou três questões de longo prazo.
A primeira é o fechamento de escolas por muito tempo e sem que grande parte da população tivesse acesso a meios alternativos de aprendizado. O segundo, o elevado desemprego, que se soma ao primeiro problema para gerar uma expectativa de salários piores no futuro, principalmente para as mulheres.
Uma terceira questão é o alto endividamento público e privado, que pode gerar tensão no setor financeiro e retardar a recuperação. Segundo Rama, o adiamento de vencimentos de dívidas não permite saber, por exemplo, qual a real situação das empresas da região.
Além disso, os países têm o desafio de equilibrar a situação fiscal diante da necessidade de novos gastos.
"Continuar ajudando as pessoas é necessário e, ao mesmo tempo, precisamos avançar rumo a uma consolidação [fiscal]", afirmou Rama.
O economista-chefe afirma ainda que a América Latina adotou políticas muito fortes de contenção da pandemia em relação a outras regiões, mas que não funcionaram tão bem. Em alguns casos, por falta de infraestrutura de moradia e de suporte econômico.
Apesar das dificuldades, ele afirma que há muitas oportunidades para a região voltar a crescer, destacando os bons resultados de setores como de tecnologia e informação e financeiro.
"Mesmo em um momento em que estamos lidando com dificuldades, há boas perspectivas, e esperamos que a América Latina saiba aproveitar."
"
["author"]=>
string(10) "FolhaPress"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(577699)
["filename"]=>
string(16) "bancomundial.jpg"
["size"]=>
string(6) "175770"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(5) "nova/"
}
["image_caption"]=>
string(12) " © Reuters"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(206) "Em 2020, a economia brasileira encolheu 4,1%, a sexta menor queda e um resultado acima da média de -6,7% na região, que deve ter expansão de 4,4% em 2021, segundo o Banco Mundial
"
["author_slug"]=>
string(10) "folhapress"
["views"]=>
int(60)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(1692)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(83) "banco-mundial-preve-brasil-entre-as-economias-com-pior-desempenho-na-america-latina"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(440)
["name"]=>
string(8) "Economia"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "economia"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(440)
["name"]=>
string(8) "Economia"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "economia"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-03-30 12:20:13.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2022-03-16 17:16:26.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-03-30T12:20:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(21) "nova/bancomundial.jpg"
}
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Banco Mundial projeta crescimento de 3% para a economia brasileira em 2021, número próximo das estimativas do governo e do setor privado e que coloca o país entre os dez com resultados mais fracos esperados para 29 economias da América Latina e Caribe, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (29).
Em 2020, a economia brasileira encolheu 4,1%, a sexta menor queda e um resultado acima da média de -6,7% na região, que deve ter expansão de 4,4% em 2021, segundo o Banco Mundial.
O Brasil foi o país com maior gasto para enfrentamento da pandemia, devido ao auxílio emergencial.
A América Latina e o Caribe sofreram mais danos sanitários e econômicos devido à pandemia da Covid-19 do que qualquer outra região, embora haja potencial para uma transformação significativa em setores-chave à medida que a região começa a se recuperar, diz o relatório do banco.
O número de mortes, por exemplo, cresceu quase 90% na região, o triplo do aumento verificado na média mundial, enquanto a retração econômica foi maior do que em outros blocos de países. Para 2021, não há perspectiva de um ritmo de vacinação que confira imunidade à população da América Latina neste ano, segundo o banco.
"Os danos são graves e estamos diante de muito sofrimento, especialmente entre os mais vulneráveis", disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a região.
"Mas devemos sempre olhar adiante e aproveitar esta oportunidade de abraçar as transformações necessárias para garantir um futuro mais brilhante".
Para a instituição, a turbulência causada pela pandemia pode contribuir para uma maior produtividade por meio da reestruturação econômica e da digitalização. Há também oportunidades de crescimento decorrentes de inovações no setor elétrico, principalmente energia limpa.
Martín Rama, economista-chefe do banco para a região, afirma que a crise da Covid-19 terá impacto prolongado sobre as economias locais. Ele citou três questões de longo prazo.
A primeira é o fechamento de escolas por muito tempo e sem que grande parte da população tivesse acesso a meios alternativos de aprendizado. O segundo, o elevado desemprego, que se soma ao primeiro problema para gerar uma expectativa de salários piores no futuro, principalmente para as mulheres.
Uma terceira questão é o alto endividamento público e privado, que pode gerar tensão no setor financeiro e retardar a recuperação. Segundo Rama, o adiamento de vencimentos de dívidas não permite saber, por exemplo, qual a real situação das empresas da região.
Além disso, os países têm o desafio de equilibrar a situação fiscal diante da necessidade de novos gastos.
"Continuar ajudando as pessoas é necessário e, ao mesmo tempo, precisamos avançar rumo a uma consolidação [fiscal]", afirmou Rama.
O economista-chefe afirma ainda que a América Latina adotou políticas muito fortes de contenção da pandemia em relação a outras regiões, mas que não funcionaram tão bem. Em alguns casos, por falta de infraestrutura de moradia e de suporte econômico.
Apesar das dificuldades, ele afirma que há muitas oportunidades para a região voltar a crescer, destacando os bons resultados de setores como de tecnologia e informação e financeiro.
"Mesmo em um momento em que estamos lidando com dificuldades, há boas perspectivas, e esperamos que a América Latina saiba aproveitar."