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O Banco do Brasil (BB) vai perder 7 mil colaboradores em pouco mais de um ano. É que, além de ter registrado a adesão de 5,5 mil funcionários ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV) lançado no início deste ano, o banco registrou 1,5 mil desligamentos ao longo de 2020. Ainda assim, o presidente André Brandão não descarta a possibilidade de novos PDVs no futuro.
Vice-presidente de Gestão Financeira e Relação com Investidores do BB, Carlos André explicou que a instituição começou o ano passado com 93.190 funcionários, registrou 1.517 aposentadorias e desligamentos ao longo de 2020 e, no início deste ano, obteve a adesão de 5.533 funcionários ao PDV.
O BB ficará, portanto, com 86.140 funcionários ao término da implantação do plano de demissão voluntária, nos próximos meses. "É uma redução de aproximadamente 7 mil colaboradores em pouco mais de um ano", comentou Carlos André, nesta sexta-feira (12), durante a apresentação do resultado financeiro do BB em 2020.
A adesão ao PDV foi um pouco melhor que o imaginado pelo BB, pois, inicialmente, o banco esperava alcançar 5 mil e não 5,5 mil funcionários com o programa. O impacto financeiro da medida, portanto, foi atualizado nesta sexta-feira. Segundo o BB, o programa vai gerar uma redução de despesas anual de R$ 780 milhões, o que vai render uma economia líquida de R$ 2,9 bilhões até 2025. São R$ 200 milhões a mais que o projetado inicialmente, de R$ 2,7 bilhões de economia em cinco anos. Como prometeu indenizações de até R$ 450 mil aos funcionários, o PDV também terá, no entanto, um custo de aproximadamente R$ 800 milhões neste ano, segundo Carlos André.
Novos PDVs
Apesar desse ajuste para cima da economia do PDV, o presidente do BB, André Brandão, não descartou a possibilidade de novos planos de desligamento voluntário no futuro. Questionado sobre o assunto, o executivo disse que, no momento, o BB "fez o que tinha que ser feito" e vai se dedicar à reciclagem da atual base de funcionários. Porém, indicou que novos PDVs podem ser avaliados no futuro, em caso de aumento do atendimento digital, que reduz a ida dos clientes às agências e é uma das prioridades do BB.
"Depende do mercado. O mercado mais digital e a redução de transações físicas tem impacto no modelo operacional. (...) Vai ser feito conforme a adequação do modelo. Imagino que a indústria vai continuar sofrendo impactos e a eficiência faz parte do nosso dia a dia", afirmou Brandão, ao ser questionado, em conferência com investidores, sobre a possibilidade de o BB lançar novos PDVs.
Em conversa com jornalistas, o executivo explicou que o objetivo do plano de demissão voluntária é aumentar a eficiência e reduzir em 10% as despesas administrativas do BB, que hoje somam cerca de R$ 31 bilhões por ano. Ele lembrou ainda que outras ações também estão em curso nesse sentido. Entre elas, o processo de reestruturação da rede de atendimentos do BB, no Brasil e no exterior, e a revisão do plano de cargos e carreiras do banco.
Assim como o fechamento de agências gerou críticas da classe política, no entanto, o PDV tem sido alvo de questionamentos de sindicatos e bancários. As entidades reclamam que este é o terceiro PDV lançado pelo BB em seis anos e dizem que o enxugamento do quadro de pessoal pode prejudicar o atendimento ao público, sobretudo neste momento de pandemia.
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O Banco do Brasil (BB) vai perder 7 mil colaboradores em pouco mais de um ano. É que, além de ter registrado a adesão de 5,5 mil funcionários ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV) lançado no início deste ano, o banco registrou 1,5 mil desligamentos ao longo de 2020. Ainda assim, o presidente André Brandão não descarta a possibilidade de novos PDVs no futuro.
Vice-presidente de Gestão Financeira e Relação com Investidores do BB, Carlos André explicou que a instituição começou o ano passado com 93.190 funcionários, registrou 1.517 aposentadorias e desligamentos ao longo de 2020 e, no início deste ano, obteve a adesão de 5.533 funcionários ao PDV.
O BB ficará, portanto, com 86.140 funcionários ao término da implantação do plano de demissão voluntária, nos próximos meses. "É uma redução de aproximadamente 7 mil colaboradores em pouco mais de um ano", comentou Carlos André, nesta sexta-feira (12), durante a apresentação do resultado financeiro do BB em 2020.
A adesão ao PDV foi um pouco melhor que o imaginado pelo BB, pois, inicialmente, o banco esperava alcançar 5 mil e não 5,5 mil funcionários com o programa. O impacto financeiro da medida, portanto, foi atualizado nesta sexta-feira. Segundo o BB, o programa vai gerar uma redução de despesas anual de R$ 780 milhões, o que vai render uma economia líquida de R$ 2,9 bilhões até 2025. São R$ 200 milhões a mais que o projetado inicialmente, de R$ 2,7 bilhões de economia em cinco anos. Como prometeu indenizações de até R$ 450 mil aos funcionários, o PDV também terá, no entanto, um custo de aproximadamente R$ 800 milhões neste ano, segundo Carlos André.
Novos PDVs
Apesar desse ajuste para cima da economia do PDV, o presidente do BB, André Brandão, não descartou a possibilidade de novos planos de desligamento voluntário no futuro. Questionado sobre o assunto, o executivo disse que, no momento, o BB "fez o que tinha que ser feito" e vai se dedicar à reciclagem da atual base de funcionários. Porém, indicou que novos PDVs podem ser avaliados no futuro, em caso de aumento do atendimento digital, que reduz a ida dos clientes às agências e é uma das prioridades do BB.
"Depende do mercado. O mercado mais digital e a redução de transações físicas tem impacto no modelo operacional. (...) Vai ser feito conforme a adequação do modelo. Imagino que a indústria vai continuar sofrendo impactos e a eficiência faz parte do nosso dia a dia", afirmou Brandão, ao ser questionado, em conferência com investidores, sobre a possibilidade de o BB lançar novos PDVs.
Em conversa com jornalistas, o executivo explicou que o objetivo do plano de demissão voluntária é aumentar a eficiência e reduzir em 10% as despesas administrativas do BB, que hoje somam cerca de R$ 31 bilhões por ano. Ele lembrou ainda que outras ações também estão em curso nesse sentido. Entre elas, o processo de reestruturação da rede de atendimentos do BB, no Brasil e no exterior, e a revisão do plano de cargos e carreiras do banco.
Assim como o fechamento de agências gerou críticas da classe política, no entanto, o PDV tem sido alvo de questionamentos de sindicatos e bancários. As entidades reclamam que este é o terceiro PDV lançado pelo BB em seis anos e dizem que o enxugamento do quadro de pessoal pode prejudicar o atendimento ao público, sobretudo neste momento de pandemia.