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A pandemia de coronavírus elevou o fluxo dos Correios em 25% até junho deste ano na comparação com o mesmo período de 2019. Segundo a empresa, a demanda do ecommerce foi o principal fator de estímulo para a alta do serviço postal.

Mesmo com o afastamento de profissionais, a estatal manteve o funcionamento das agências e diz que a eficácia das entregas no país está superior a 90%.

O serviço foi um dos considerados essenciais na crise da Covid-19. 

Para suprir a nova a demanda, os Correios contrataram mão de obra terceirizada, autorizada a realizar horas extras e mutirões de fim de semana. "Foram locadas linhas adicionais de transporte de carga e adotado tratamento especial para encomendas de transações eletrônicas", informou.

Os Correios não abrem quantos trabalhadores terceirizados foram contratados no período. Em períodos de acúmulo de pedidos, como Natal e Black Friday, a estatal costuma aumentar o número de trabalhadores para a separação de cartas –os carteiros são todos concursados.

O comércio digital de forma geral ganhou 5,7 milhões de novos consumidores no segundo trimestre deste ano, durante o pico do distanciamento social. Os dados fazem parte de levantamento realizado pela empresa de inteligência de mercado Neotrust/Compre&Confie. O período, paralelamente, foi o mais crítico ao varejo, uma vez que as lojas fecharam as portas para atender orientações municipais e manter o distanciamento social e inibir o contágio.

De modo geral, no Brasil, as vendas por canais digitais passaram de 3 milhões de pedidos por semana, no início de fevereiro, para mais de 3,6 milhões na primeira semana de julho, segundo a Ebit|Nielsen. No início de maio, os pedidos ultrapassaram 4,5 milhões por semana.

Índice da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico aponta para aumento de 137,35% das vendas digitais como um todo na comparação entre maio deste ano e maio do ano passado.

Houve também impacto financeiro. O faturamento do setor, no mesmo período, subiu 127,77%. O índice não contabiliza dados de Mercado Livre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e apps de transportes e alimentação.