O governador Romeu Zema acompanhou, nesta sexta-feira (20/1), na Cidade Administrativa, a assinatura do livro de ações que transfere 15,51% da participação que a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) detinha da Helicópteros do Brasil S/A – Helibras. A participação foi adquirida por R$ 95 milhões.  

Dessa forma, a Airbus Helicopters, que era acionista da Helibras, passa a ser a controladora. Localizada em Itajubá, no Sul de Minas, a empresa é a única fabricante de helicópteros para uso civil e militar na América Latina.

De acordo com o governador, mesmo com a saída do controle acionário, o Governo de Minas continuará parceiro da empresa. “Helibras é uma empresa que trabalha com um alto nível de tecnologia e entrega um produto de elevado valor agregado. Daí a importância para o desenvolvimento econômico do estado”, avaliou.

Eficiência

A alienação das ações da Helibras faz parte das iniciativas do Programa de Gestão de Portfólio da Codemge, que reavalia a carteira de ativos da companhia, visando maior eficiência, economicidade e retorno para Minas Gerais.

“Entendemos que não é papel do governo ser fabricante de helicópteros. Seria melhor a Airbus fazer a gestão sozinha e o Governo de Minas alocar esforços onde o governo deve prestar serviço público de qualidade”, afirmou o diretor-presidente da Codemge, Thiago Toscano.

O procedimento foi autorizado pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), conforme julgamento de agravo emitido em dezembro de 2022. O documento permite a alienação de alguns ativos da carteira da Companhia, dentre eles, a participação direta na Helibras.

Compromisso

Já o presidente da Airbus, Gilberto Peralta, afirmou que a Helibras tem um compromisso com Minas Gerais. “Não sairemos do estado. Itajubá tem uma grande contribuição nos negócios, como a formação de mão de obra especializada, segurança e na formação do Arranjo Produtivo Local de Asas Rotativas e de Defesa”, disse.

O município concentra 44 empresas do segmento que, juntas, geram 5 mil empregos diretos e faturam R$ 1 bilhão por ano.