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O poeta Antonio Carlos Secchin, secretário geral da ABL, lembra que Adélia Prado surgiu há algumas décadas com o livro Bagagem, depois Coração Disparado, e outros que se tornaram instantaneamente clássicos. Para ele, "a mineira desenvolveu solitariamuente sua obra avessa a panelinhas, a esquema, o que só aumenta o reconhecimento de sua obra tanto por parte do público como da crítica, que é difícil, um poeta atender ao mesmo tempo aos dois".
Adélia Luzia Prado de Freitas, considerada a maior poetisa viva do Brasil e uma das maiores de todos os tempos, tem 88 anos, mora em Divinópolis e pouco sai de lá. Mas aparece sempre recitando suas poesias no Instagram. Depois de muitos anos de ausência, prepara agora o lançamento de um livro ainda para este ano, com o título provisório de 'Jardim das Oliveiras', referência ao lugar onde Jesus Cristo rezou na véspera da crucificação.
Ganhou o prêmio Jabuti em 1978, com a obra O Coração Disparado. Escreveu também livros em prosa e infantil. Com vocabulário simples e linguagem coloquial, Adélia Prado produz uma obra leve, marcante e original, onde aparecem muita rebeldia e doçura feminina, um profundo sentimento humano e uma dicotomia entre os apelos do corpo e da elevação espiritual.
A fé católica se faz presente na obra da mineira, que costuma tratar de temas ligados a Deus, à família e, principalmente, à mulher. Sua poesia costuma colocar a perspectiva da mulher em seus poemas, destacando sempre o feminino em primeiro plano. É conhecida por retratar o cotidiano sob o olhar feminino e não feminista e libertário.
Um pouco da história de Adélia Prado
Adélia Prado escreveu seus primeiros versos aos 15 anos, após a morte da mãe. Chegou a atuar como professora em Divinópolis, mas o sucesso como escritora a fez abandonar a carreira, após 24 anos de magistério. Casada, tem cinco filhos. Antes do nascimento da última filha, ela e o marido fizeram vestibular para filosofia.
Em 1976, enviou o manuscrito de Bagagem para Affonso Romano de Sant'Anna, que assinava uma coluna de crítica literária no Jornal do Brasil. Admirado, repassou os manuscritos dela a Carlos Drummond de Andrade, que incentivou a publicação do livro pela Editora Imago, pois tinha achado os poemas fenomenais.
Drummond publicou uma crônica no Jornal do Brasil chamando a atenção para o trabalho ainda inédito da escritora. Lançado no Rio, na presença de nome ilustres como Antônio Houaiss, Raquel Jardim, o próprio Drummond, Clarice Lispector, Juscelino Kubitschek, Affonso Romano de Sant'Anna, Nélida Piñon e Alphonsus de Guimaraens Filho. Em 1987, Fernanda Montenegro estreia, no Rio, o espetáculo "Dona Doida: um interlúdio", baseado em textos de livros de Adélia Prado.
(*)hojeemdia.com.br
(*) com informações da ABL
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Adélia Luzia Prado de Freitas, considerada a maior poetisa viva do Brasil e uma das maiores de todos os tempos, tem 88 anos, mora em Divinópolis e pouco sai de lá. Mas aparece sempre recitando suas poesias no Instagram. Depois de muitos anos de ausência, prepara agora o lançamento de um livro ainda para este ano, com o título provisório de 'Jardim das Oliveiras', referência ao lugar onde Jesus Cristo rezou na véspera da crucificação.
Ganhou o prêmio Jabuti em 1978, com a obra O Coração Disparado. Escreveu também livros em prosa e infantil. Com vocabulário simples e linguagem coloquial, Adélia Prado produz uma obra leve, marcante e original, onde aparecem muita rebeldia e doçura feminina, um profundo sentimento humano e uma dicotomia entre os apelos do corpo e da elevação espiritual.
A fé católica se faz presente na obra da mineira, que costuma tratar de temas ligados a Deus, à família e, principalmente, à mulher. Sua poesia costuma colocar a perspectiva da mulher em seus poemas, destacando sempre o feminino em primeiro plano. É conhecida por retratar o cotidiano sob o olhar feminino e não feminista e libertário.
Um pouco da história de Adélia Prado
Adélia Prado escreveu seus primeiros versos aos 15 anos, após a morte da mãe. Chegou a atuar como professora em Divinópolis, mas o sucesso como escritora a fez abandonar a carreira, após 24 anos de magistério. Casada, tem cinco filhos. Antes do nascimento da última filha, ela e o marido fizeram vestibular para filosofia.
Em 1976, enviou o manuscrito de Bagagem para Affonso Romano de Sant'Anna, que assinava uma coluna de crítica literária no Jornal do Brasil. Admirado, repassou os manuscritos dela a Carlos Drummond de Andrade, que incentivou a publicação do livro pela Editora Imago, pois tinha achado os poemas fenomenais.
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(*) com informações da ABL