O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (12) o Projeto de Lei (PL) que cria o Dia Nacional do Maracatu, que será celebrado anualmente no dia 1º de agosto. 

O Senado aprovou, em outubro, o projeto (PL 397/2019) que institui a data comemorativa. A escolha do dia foi uma homenagem ao mestre Luís de França, um dos ícones do Maracatu Leão Coroado, de Pernambuco. O Maracatu, conhecido por sua mistura vibrante de ritmos, dança, religiosidade e vestimentas tradicionais, agora ganha um dia oficial de celebração em todo o país. O projeto foi de autoria da deputada Luciana Santos, com relatoria do senador Humberto Costa (PT-PE).

Durante a assinatura, em Brasília, o presidente Lula destacou a necessidade de que a lei não se torne apenas mais uma norma sem aplicação prática. “No Brasil há sempre a compreensão de lei que pega e lei que não pega. Se sancionamos a criação do Dia Nacional do Maracatu, é importante que o governo federal tem que fazer que essa lei seja cumprida ao pé da letra. Precisamos transformar o Maracatu em uma arte de conhecimento de todo o povo brasileiro. Não é possível que seja apenas Pernambuco ou alguns artistas. No Dia Nacional do Maracatu temos que fazer uma festa de caráter nacional, que funcione concomitantemente em todos os estados ao mesmo tempo,” afirmou Lula.

O presidente ressaltou ainda a importância de tornar o Maracatu mais acessível em todas as regiões do Brasil, mencionando a falta de investimentos na cultura nacional em comparação com outras manifestações culturais. “De repente você vai em cidades longínquas em Rondônia, Amazonas, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, e as pessoas cantam e dançam, acessando cultura que nada tem a ver conosco. Isso porquê tem dinheiro, alguém bancando. Vamos ter que arrumar dinheiro para que o Maracatu tenha a mesma importância que o samba e o rock,” disse.

Para garantir a execução das festividades e a valorização do Maracatu, Lula também chamou a atenção para a necessidade de investimento público. “Precisamos mudar. Temos que convencer as empresas públicas para financiar os shows, o que a iniciativa privada não quer fazer. A ministra da Cultura precisa procurar os bancos,” concluiu o presidente, reforçando o compromisso do governo com a promoção da cultura brasileira.