O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), apresenta a exposição “Alfredo Ceschiatti - Recortes Modernos”, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, a partir deste sábado (27/11).

A mostra conta com obras que compreendem o período de 1942 a 1969. São 13 esculturas de Ceschiatti, em um recorte especial da obra deste que é um dos mais notáveis nomes do modernismo brasileiro e mundial. A exposição, que integra o Plano Descentra Cultura, da Secult, é o marco, no Brasil, das comemorações do centenário da Semana de Arte de 1922 e poderá ser vista pelo público, de forma gratuita, até 13/3/2022.

As obras são de propriedade da sobrinha do artista, Angela Ceschiatti, que é guardiã de sua memória. Algumas delas serão exibidas publicamente pela primeira vez, tais como “O Anjo” e “O contorcionista”. Ambas serviram como protótipos das obras finais realizadas para a Catedral de Brasília e o Teatro Nacional, em Brasília (DF).

A curadoria e a expografia levam a assinatura de Rodrigo Câmara, superintendente de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais da Secult. “Tenho a sensação de que o Palácio da Liberdade, em todo o seu ecletismo, encontra, nas obras de Ceschiatti, a modernidade e a provocação que esde importante movimento trouxe para o Brasil e para o mundo”, comenta.

O legado de Alfredo Ceschiatti

Artista plástico e escultor brasileiro nascido em Belo Horizonte (1918), Alfredo Ceschiatti ficou mais conhecido como criador de obras para decoração de prédios projetados por Oscar Niemeyer, de quem foi constante colaborador. Antes de se consagrar à escultura, viajou pela Europa (1938), especialmente pela Itália, onde bebeu da produção escultórica romana. 

Voltou ao Brasil e entrou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (1940). Três anos depois começou a ser premiado e ganhou diversas medalhas na divisão moderna do Salão Nacional de Belas Artes, inclusive uma viagem ao exterior (1945) pelo baixo-relevo do batistério da igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte.

Ceschiatti deu início à colaboração com Niemeyer, inclusive com várias encomendas para a construção de Brasília, como “As banhistas” ou “As Iaras”, em bronze, no espelho d'água do Palácio da Alvorada; “A Justiça”, em granito, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal; “Os anjos” e “Os evangelistas”, na catedral; e “As gêmeas”, em bronze, na cobertura do Palácio do Itamaraty. Na nova capital, também ensinou escultura e desenho na Universidade de Brasília (1963-1965). No Rio de Janeiro, cidade onde morreu (1989), fez as figuras representativas para as forças armadas no monumento aos mortos da segunda guerra mundial.

Visitação

A visitação pública à exposição “Alfredo Ceschiatti - Recortes Modernos” segue as normas de controle de acesso e quantidade de público de acordo com protocolos de segurança sanitária estabelecidos pelo Palácio da Liberdade. As obras estão expostas no hall interno do prédio e no Salão de Honra, no segundo piso. Na área do jardim, no chafariz, a escultura “A Banhista”, de 1954, convida à contemplação.

Serviço 

“Alfredo Ceschiatti - Recortes Modernos”

Data: de 27/11/2021 a 13/3/2022

Local: Palácio da Liberdade - Praça da Liberdade, Belo Horizonte (MG)

Dias de visitação pública: sábados e domingos

* Horários para visitação interna + jardins: 10h, 11h, 13h, 14h, 15h, com entrada de grupos limitados, em cumprimento ao protocolo de segurança sanitária. Duração de aproximadamente 40 minutos.

* Horários para visitação somente nos jardins: 10h15, 11h15, 13h15, 14h15, 15h15, também com entrada de grupos limitados, em atendimento ao protocolo de segurança sanitária. Duração máxima de 1h.

É necessário apresentar-se à recepção com 15 minutos de antecedência ao horário agendado e seguir as regras de visitação, disponíveis aqui.

Ingressos: disponibilizados às quintas e sextas-feiras neste link.