Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido como Machado de Assis, é um dos escritores brasileiros mais importantes da história da literatura. Publicou 10 romances, mais de 200 contos, folhetins, peças teatrais e crônicas.

Ficou muito conhecido por ter dado início ao realismo no Brasil, entre 1839 e 1908. Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Machado de Assis presidiu a academia por mais de 10 anos e foi ocupante da cadeira de número 23. Além de ser importante pela sua contribuição para a literatura ele também presenciou eventos como a abolição da escravidão e a passagem do Brasil Império para o Brasil República.

E como Machado de Assis é patrono da 8ª edição do Fliaraxá, nós separamos cinco curiosidades para você conhecer mais sobre o autor.

Jogador de xadrez

O jogo preferido do escritor Machado de Assis era o xadrez. Ele até chegou a participar do primeiro campeonato do jogo no Brasil. As peças que foram utilizadas pelo escritor estão em exposição até hoje na Academia Brasileira de Letras.

Canhoto, gago e epilético

É isso mesmo! Machado de Assis escrevia com a mão esquerda (há até notícias de que a sua caligrafia era ilegível que nem ele entendia, muitas das vezes). Também era gago e epilético. Pouco se sabe sobre a sua infância e juventude, mas tinha a saúde frágil, não frequentou escola regular e ficou órfão de mãe e de irmã muito cedo. Apenas com 12 anos, em 1851, com a morte do pai, que ele passa a frequentar a escola.

Tradutor

Joaquim Maria Machado de Assis foi um dos primeiros a traduzir uma das obras de Edgar Allan Poe para o português. Ele passou para o português O corvo. Além disso, também traduziu Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo. Machado sabia falar francês e, segundo algumas notícias, aprendeu a língua com um padeiro.

Vidente

No livro Anjo Rafael, o autor fez a previsão da doença folie à deux antes mesmo dela ser descrita. Na narrativa o autor conta a história de uma filha que “pega” a loucura do pai. A doença só foi descoberta anos depois por pesquisadores. Machado previu, também, a cura, que consistia em afastar a pessoa saudável da pessoa “infectada” com o problema mental.

Era bruxo

Machado de Assis morou durante muitos anos na Rua Cosme Velho, no Bairro Cosme Velho, no Rio de Janeiro. Há uma lenda que diz que ele queimou várias cartas em um caldeirão nessa mesma rua. Isso fez com que a vizinhança começasse a chamá-lo de “Bruxo do Cosme Velho”. Contudo, o termo só se popularizou quando Carlos Drummond de Andrade escreveu “A um bruxo, com amor”, fazendo reverência à vida e obra de Machado.

 

Fonte:fliaraxa.com.br