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Municiado por um senso de justiça coletivo e encorajado pelo anonimato proporcionado pela web, o tribunal virtual condena da atriz que se veste de índia no Carnaval à influenciadora que quebra a quarentena com uma festa privê.
Basta um deslize qualquer, um comportamento tido como inadequado ou mesmo um pensamento diferente daquele pregado pela “maioria” para que seja iniciado o linchamento virtual. Espécie de caça às bruxas moderna – a exemplo da perseguição sofrida por mulheres na Idade Média ou da forma pejorativa como divorciadas e mães solteiras eram tratadas em décadas não muito distantes.
“Desde que os primeiros grupos humanos apareceram, surgiu também a cultura do cancelamento. Esse tipo de atitude ainda é um dos fenômenos que ocorrem nas relações grupais. Quanto mais as pessoas pensarem de maneira síncrona, mais este será um grupo coeso”, pontua a psicóloga Sylvia Flores.
Efeito manada
A necessidade de coesão a que ela se refere, na atualidade, dá origem ao chamado efeito manada – um dos pilares do julgamento virtual que implica no cancelamento, cuja força está justamente no massacre coletivo de um indivíduo ou até de uma empresa. Recentemente, a influenciadora Gabriela Pugliese perdeu mais de 150 mil dos 4,5 milhões de seguidores que contabilizava no Instagram, além de importantes contratos, graças a uma festa feita em plena pandemia e divulgada pelos stories da rede social.
Doutor em neurociência cognitiva, o psicólogo Yuri Busin diz que esse tipo de conduta reflete uma necessidade de fazer justiça com as próprias mãos, de julgar e punir o que parece errado ou inadequado para uma ou mais pessoas. O aprendizado, por sua vez, segundo ele, nem sempre se materializa da forma esperada.
“A gente está sempre julgando e, obviamente, cada um vai ter seu crivo, embora existam outros generalizados. É possível que a pessoa reflita, mude, se abra para um debate, claro. Mas o cancelamento não essencialmente resultará nisso. Não é com punição que a gente muda ou ensina as pessoas”, conclui.
Confira, na galeria abaixo, alguns famosos que foram "cancelados" na internet do ano passado para cá:
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Basta um deslize qualquer, um comportamento tido como inadequado ou mesmo um pensamento diferente daquele pregado pela “maioria” para que seja iniciado o linchamento virtual. Espécie de caça às bruxas moderna – a exemplo da perseguição sofrida por mulheres na Idade Média ou da forma pejorativa como divorciadas e mães solteiras eram tratadas em décadas não muito distantes.
“Desde que os primeiros grupos humanos apareceram, surgiu também a cultura do cancelamento. Esse tipo de atitude ainda é um dos fenômenos que ocorrem nas relações grupais. Quanto mais as pessoas pensarem de maneira síncrona, mais este será um grupo coeso”, pontua a psicóloga Sylvia Flores.
Efeito manada
A necessidade de coesão a que ela se refere, na atualidade, dá origem ao chamado efeito manada – um dos pilares do julgamento virtual que implica no cancelamento, cuja força está justamente no massacre coletivo de um indivíduo ou até de uma empresa. Recentemente, a influenciadora Gabriela Pugliese perdeu mais de 150 mil dos 4,5 milhões de seguidores que contabilizava no Instagram, além de importantes contratos, graças a uma festa feita em plena pandemia e divulgada pelos stories da rede social.
Doutor em neurociência cognitiva, o psicólogo Yuri Busin diz que esse tipo de conduta reflete uma necessidade de fazer justiça com as próprias mãos, de julgar e punir o que parece errado ou inadequado para uma ou mais pessoas. O aprendizado, por sua vez, segundo ele, nem sempre se materializa da forma esperada.
“A gente está sempre julgando e, obviamente, cada um vai ter seu crivo, embora existam outros generalizados. É possível que a pessoa reflita, mude, se abra para um debate, claro. Mas o cancelamento não essencialmente resultará nisso. Não é com punição que a gente muda ou ensina as pessoas”, conclui.
Confira, na galeria abaixo, alguns famosos que foram "cancelados" na internet do ano passado para cá: