A convite do meu amigo de longa data, Walter Freitas, mais conhecido como Pernambuco, por ser oriundo deste belíssimo estado, aceitei criar uma coluna no seu prestigiado portal de notícias, Minas1. Semanalmente estaria por aqui falando um pouco de economia. Trazendo informações e dando dicas de investimentos. Assim como Walter Freitas, também sou jornalista e advogado e um apaixonado por Economia. Foi meu primeiro curso superior e posteriormente participei de vários eventos voltados para o mercado de capitais. Sendo assim, conto com todos vocês neste convívio semanal.
A semana começou com o feriado de 15 de novembro reduzindo o volume de negócios. A renda fixa continua reinando no curto prazo, mas a Bolsa ainda é uma opção barata para quem tem um olhar de médio e longo prazo. Desafios é o que não faltam para o novo governo que começa a ser desenhado. O futuro do arcabouço fiscal e a convivência com um Congresso de viés centro-direita são os principais desafios pela frente.
O cenário externo não mudou muito de outubro para novembro e segue exigindo cautela. Nas economias ocidentais, a inflação continua alarmante, os juros subindo e trazendo com ele o risco de recessão, em especial na Europa. O presidente chinês Xi Jinping renovou seu mandato e deve seguir com a polícia de Covid Zero, ou seja, nada muito animador para as commodities, apesar dos últimos aumentos nos preços do minério de ferro.
A reunião de cúpula do G20, encontro das 20 nações mais ricas do mundo, em Bali, na Indonésia começou. Além do tradicional acordo diplomático, o evento mais esperado é uma reunião entre o presidente americano Joseph Biden e o líder chinês Xi Jinping. A relação entre Estados Unidos e China estão no seu pior momento em várias décadas.
Para os Estados Unidos, as medidas mais recentes da política externa chinesa destinam-se a reduzir a influência americana na Ásia e a apoiar regimes autoritários. Por exemplo, sustentando a Rússia contra as sanções econômicas aplicadas devido à invasão da Ucrânia, e seguir dando suporte à Coreia do Norte, com seu ditador imprevisível e seu arsenal nuclear.
E há, ainda, a questão econômica, com a resolução das tarifas comerciais e o complicado caso da listagem das empresas chinesas em Wall Street. As duas maiores potências, tanto em termos militares quanto econômicos, gravitam naturalmente uma ao redor da outra. Problemas com esses vínculos causam turbulências e ineficiências econômicas em todo o mundo, Brasil inclusive: China e Estados Unidos se revezam na posição de principal parceiro comercial brasileiro. Por isso, qualquer fiapo de notícia positiva terá um impacto positivo sobre o Brasil.
Por aqui, o Banco Central divulgou na segunda-feira (14) o índice de atividade econômica IBC-Br mensal referente a setembro. A variação do resultado Observado (sem ajustes sazonais) em 12 meses caiu para 4,0 por cento, ante os 4,9 por cento observados nos 12 meses até agosto. O resultado ficou abaixo das expectativas dos investidores, que esperavam uma variação acumulada de 4,4 por cento. A edição mais recente do Relatório Focus, publicado pelo BC nesta segunda-feira, mostra o terceiro aumento seguido das expectativas de inflação. A projeção para 2022 subiu para 5,82 por cento, ante 5,63 por cento na edição da semana passada. As projeções para a Selic, porém, seguem inalteradas em 13,75 por cento para 2022 e 11,25 por cento para 2023.
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