Três nomes orbitam os corredores do terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete do presidente Jair Bolsonaro, quando o assunto é a futura indicação de um “terrivelmente evangélico” para uma das vagas do Supremo Tribunal Federal, que será aberta durante o mandato do chefe da nação: O Advogado-Geral da União, André Mendonça, o juiz federal William Douglas Resinente, do Rio de Janeiro, e – corre por fora – o procurador regional da República Guilherme Schelb.
Amém
O AGU André Mendonça só falta andar com a Bíblia debaixo do braço, quando visita o Planalto, dizem fontes. Já Schelb pode surgir como azarão nessa corrida.
Ex-padrinho
O juiz William Douglas, com vasto currículo, é conhecido de Bolsonaro. Visitava muito o Senado, em especial o gabinete de Magno Malta, o quase-ministro do presidente, que se afastou.
Poeira baixa
Os ventos do Planalto sopram que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, teria um plano B: deixar o governo em alguns meses, ir dar aulas nos EUA e voltar indicado ao STF.
Trump aprova
Essa dica do presidente Bolsonaro de que o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), pode ser indicado embaixador do Brasil nos Estados Unidos, tem aval de Donald Trump. Foi o presidente americano, aliás, quem barrou o chanceler Ernesto Araújo na reunião na Casa Branca e pediu que Eduardo representasse o Brasil.
Ôh, de casa
Eduardo tornou-se amigo de Trump ainda na campanha de 2018, quando o marqueteiro do presidente americano os apresentou. Em março deste ano, como a Coluna revelou, o deputado federal jantou por mais de 3 horas com Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, a residência de passeio do presidente nos Estados Unidos.
Veterano balança
Quem pode dançar nessa história é o veterano embaixador Sérgio Amaral, benquisto no Itamaraty e também no círculo americano, que hoje ocupa o cargo em Washington. Amaral não tem reclamações do MRE e do governo. Mas pesa contra ele, nos bastidores, ser muito amigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que não bate com Bolsonaro, e vice-versa.
Quem te viu...
Quando era deputado federal, o hoje presidente Bolsonaro se posicionava como um dos parlamentares mais críticos da Câmara às emendas liberadas às vésperas da votação de matérias de interesse do Planalto. Agora, pela aprovação da reforma da Previdência, o seu governo agraciou os parlamentares com mais de R$ 2,5 bilhões em emendas.
...quem te vê
Foram priorizados parlamentares do Centrão (PL, SD, DEM, PRB, Progressistas, Podemos, etc). Em 2011, quando concorreu à presidência da Câmara, ainda pelo PP, o então deputado Bolsonaro bradou que “o governo só libera as emendas individuais caso os parlamentares votem algo que não é muito republicano”. E pregava: “Vamos tirar da escravidão que nós vivemos no Executivo”.
João Gilberto
João Marcelo Gilberto, filho do Papa da Bossa Nova com a cantora Astrud Gilberto, criticou o presidente Bolsonaro por não ter decretado luto oficial pela morte do pai.
Paulo Henrique
O jornalista Paulo Henrique Amorim deixou em seus arquivos, em casa, entrevistas inéditas com o ex-presidente Lula da Silva e José Dirceu, que serão reveladas em breve pela família. Lula mandou mensagem de pêsames para Geórgia, a viúva do jornalista.
Esplanadeira
# “Ê, lasquera!”. Encerra-se hoje o “Maior treinamento jurídico de imersão do agro”, no Rio. “Dimais da conta!”. “Óia só”, o presidente da comissão de Direito do Agro da OAB/MG, Manuel Barros, usa essas e outras expressões do seu dicionário mineirês para a imersão. # A violoncelista Aleska Chediak e o violinista Humberto Mirabelli fazem homenagem amanhã a João Gilberto, no Alegretti, no Copacabana Rio Hotel.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste