* Por Sérgio Marchetti

Estamos vivendo o momento das maiores e mais rápidas mudanças de que se tem registro em toda a história do universo. Estamos no meio de uma grande tempestade, e quando vier a bonança muita coisa estará definitiva e irremediavelmente transformada. Mas a tempestade intitulada de mudança não cessará. Viveremos uma duradoura metamorfose que ninguém sabe aonde irá nos levar, nem como seremos depois do dia “D”. As ondas, depois da revolução tecnológica, se multiplicaram de tamanho e além de dimensões gigantescas – verdadeiros Tsunamis – possuem também uma rapidez jamais vista pelos humanos. Os valores, as condutas, os credos, os dogmas – tudo mudou.

O relacionamento também tende a mudar ainda mais. Os homens creem no dinheiro como a única razão para viverem. Todavia, não percebem que estamos vivendo o estresse mais agudo de toda a história. E como entender? Eu pergunto. Como entender que pessoas tão modernas, com seus automóveis elétricos – e inteligentes, ainda vistam a fantasia de um senhor de escravos em lua de mel com o poder? O assédio moral exorbitou. Como compreender que se adaptaram tão bem ao mundo tecnológico das telas planas e terem as mentes tão enquadradas?

Mas temos uma grande notícia, a mudança e os tornados da pós-modernidade trouxeram a semente que está sendo plantada no solo fértil da esperança: o amor será cultivado também no ambiente de trabalho. Amor a quem? Ao próximo, porque estamos carentes de atenção, de fidelidade, de estímulo e pertencimento. O homem descobriu… ou redescobriu? Isto não importa, o que sei é que o homem chegou à feliz conclusão de que o amor impulsiona a felicidade, que é a estratégia para se tornar vencedor. Pessoas amadas, admiradas e felizes têm mais disposição e veem a vida com uma cor mais forte porque é o reflexo delas. Na realidade são felizes e essa é a maior característica que diferencia sucesso de fracasso.

A máquina humana não evoluiu como as máquinas de nosso cotidiano. Somos os mesmos, as crianças, por causa da tecnologia e das atitudes dos adultos, muitas delas não têm mais infância. Então, como serão, como agirão quando adultas? Não precisamos de gente-robô, precisamos de gente-gente que domine a inteligência artificial e não o contrário. E “ainda que falem a língua dos anjos e dos homens, sem amor nada serão”.

O vento que desarrumou tudo exigiu que lutássemos pela sobrevivência porque nas grandes catástrofes a solidariedade renasce. Portanto, acreditemos no valor do ser humano, mesmo sendo o produto mais complicado, mais complexo que foi “inventado”. Ser gente é maravilhoso e, é sendo gente que encontraremos respostas para um mundo de mais qualidade, amor, realização profissional, resultados e, consequentemente, felicidade porque creio, com muita fé, que gente feliz constrói um mundo melhor para se viver.

 

*Sérgio Marchetti é consultor organizacional, palestrante e Educador. International Certification ISOR em Holomentoring, Coaching & Advice (coaching pessoal, carreira, oratória e mentoria). Atuou como Professor de pós-graduação e MBA em instituições como Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Rehagro e Fatec Comércio, entre outras. É pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e em Educação Tecnológica. Trinta anos de experiência em trabalhos realizados no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br