O futebol adotou o VAR em 2018 na Copa do Mundo realizada na Rússia, no Brasil o sistema de verificação de jogadas pelo vídeo foi na Copa do Brasil também em 2018 . Hoje o sistema de avaliação de jogadas é adotado na maioria dos países pelo mundo. Em vários países o VAR está dando certo, a equipe de vídeo no Brasil fica durante os jogos na sede da CBF no Rio de Janeiro. Durante o jogo n a cabine o árbitro principal do VAR, maus um assistente, além dos técnicos especializados em traçar as linhas vermelhas com a azul para verificar se foi impedimento ou não. Às vezes a analise demora 3, 4, 5 minutos em cada jogo para analisar o vídeo da jogada.
Em alguns países o VAR está dando certo, não é que o futebol não possa ter alguns lances interpretativos, mas a margem de interpretação não pode ser gigantesca, desconexa e aleatória como estão acontecendo nos últimos anos, principalmente aqui no Brasil, pelos Campeonatos estaduais, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e até pelos árbitros da Conmebol , que realizada a Copa Libertadores e Coa Sul Americana.
Foi com a certeza de um detetive como o lendário Sherlock Holmes que surgiu a acusação que pode estar acontecendo com o atual Campeonato Brasileiro, que em grande número dos jogos, os árbitros em campo com a “ajuda” do VAR estão péssimos em suas interpretações.
Reque squisito nas interpretações isso é fato! Afinal de contas, quem gosta de ser vítima de uma grande trapaça, de um grande esquemão organizado apenas para prejudicar algo ou alguém? A acusação de prejuízo intencional veio sem provas, como acontece na grande maioria das vezes.
As rodadas foram seguindo, uma atrás das outras, e quase tão recorrente quanto os gols marcados foram as variações do verbo “roubar”. Felizmente o esquema que analisavam os lances dos jogos não falam mais durante as transmissões, eles analisavam os lances depois de assistirem as jogadas por várias vezes nas televisões, diferente quando eles apitavam, pois muitos erraram em suas carreiras de árbitros de futebol. Ainda existem algumas emissoras de rádios e televisões que “temem” em ter ex-árbitros analisando jogadas. Na minha opinião, representa nada a opinião dele! Como tem aquele ditado: Depois que arrombou a porta, colocar cadeado e reforçar a porta, já era!
Mudam-se as camisas, passam os anos e muita coisa segue igual no futebol brasileiro. É verdade que as temporadas mais recentes viram alguns erros surreais diminuírem, crédito da presença do auxílio tecnológico para a arbitragem, mas decisões quase que absolutamente questionáveis seguem tão presentes quanto sempre.
Apesar da tentação de acreditar em teorias de conspiração, a verdade é que a impressão passada, especialmente em jogos dos campeonatos brasileiros, é de que nem mesmo os árbitros estão sabendo o que fazer. E é aí, e não especificamente no VAR ou nos árbitros conhecidos, e sempre estão nas polêmicas como alguns como, Vuaden, Daronco, Claus, Wilton e até a Edina. Um problema que, se ainda não te irritou, pode apostar, vai te irritar: a falta de critério.
Parte desta falta de critério é, também, fruto das constantes mudanças nas regras do jogo ou, mais especificamente, em como interpretar determinada situação que acontece em campo. Quando bola na mão deve ser pênalti agora? Num piscar de olhos, as orientações foram mudando tantas vezes a ponto de ser muito difícil para todos conseguirem acompanhar. E os erros aí são de todas as partes: de quem altera tantas vezes uma lei, e de quem não divulga insistentemente estas mudanças.
Estão nestas entrelinhas os grandes erros que revoltam todo mundo que ama futebol, exceção talvez aos árbitros e ex-árbitros que de alguma forma trabalham no espetáculo. Face aos mais diferentes lances polêmicos, a justificativa fácil é quase sempre a mesma, lance de interpretação. Em um lance o jogador mirou a bola, mas não acompanhou a velocidade do oponente e acabou lhe alçando aos ares. O VAR chamou a arbitragem, que viu o lance incontestável e, após longos minutos, decidiu, contestando o incontestável, não expulsar o atleta. Na maioria das vezes o motivo? Interpretação pessoal, e ponto.
Em outra partida um jogador recebe amarelo por acertar o cotovelo no rosto do oponente em uma dividida. Pouco depois, o lance se repete, mas o árbitro decide, desta vez, não dar o segundo cartão para sacramentar a expulsão. Falta de critério dentro da própria atuação.
Teve time que, ao reclamar de impedimento em lance de gol sofrido, escutou uma coisa para justificar a não participação de quem indiretamente participou do gol em questão, mas semanas depois teve um gol seu anulado porque, desta vez, tiveram uma interpretação diferente em relação ao seu jogador. Interpretação, aliás, é a carta branca usada constantemente para se evitar o constrangimento de reconhecer um erro de arbitragem. E surge como grande problema a ser resolvido.
Não é que o futebol não possa ter alguns lances interpretativos, mas a margem de interpretação não pode ser gigantesca, desconexa e aleatória como é hoje. Na nossa opinião como jornalista e cronista esportivo, é necessário urgência que a entidade que organizadora do evento seja Federações, CBF, Conmebol e até a FIFA, precisa não apenas definir critérios de fácil compreensão, mas insistir que tais critérios sejam mais vezes divulgados em programas esportivos especializados em palestras com jogadores em s eus clubes.
Não custa nada o torcedor, jogador, treinador, dirigente do clube e até juiz saber, de antemão, quando um atleta participa ou não de um lance de impedimento ou quando uma dividida mais intensa deve ser punida com cartão. Ou quando uma jogada acaba, para gerar outra. Quando mão na bola deve ser realmente pênalti? O critério possibilita grande amplitude interpretativa? Que se diminua isso, então. A tecnologia está bastante avançada para ajudar.
Diminuindo a margem interpretativa, pode-se até lamentar eventualmente a regra e a definição de sua interpretação, mas não a falta de critério. Entendendo que um critério sério e constante foi seguido, diminui-se a narrativa de teorias da conspiração. Todo mundo sairia ganhando aí, especialmente (por incrível que pareça!) os árbitros e o campeonato.
O pior na arbitragem brasileira não é necessariamente os árbitros, são humanos, acertam e erram. É a falta de critério que deixa todos torcedores, jogadores, juízes e dirigentes desprotegidos, confusos e raivosos. O futebol tem de rolar a bola, belos dribles não é que o futebol não possa ter alguns lances interpretativos, mas a margem de interpretação não pode ser gigantesca, desconexa e aleatória.