BOMBANDO NA WEB


Quatro dos dez ministros do Supremo Tribunal Federal possuem perfis nas redes sociais e são seguidos por aproximadamente 1 milhão de pessoas. Os ministros estão mais presentes no Twitter e somente Luís Roberto Barroso mantém uma conta pública no Instagram. As informações são do Bites.


No Twitter, Gilmar Mendes é quem acumula mais seguidores (414 mil), seguido de Barroso, com 302 mil (incluindo o Instagram), e Alexandre de Moraes, com 248 mil.

O ministro Nunes Marques tem 17 mil seguidores em uma conta não verificada, diferente dos três colegas, mas é seguido pelo perfil oficial do STF.

Alvos de ataques do presidente Jair Bolsonaro, Barroso e Alexandre cresceram em engajamento nas redes sociais nas últimas semanas. Juntos, eles representam 36% do total de interações entre as contas dos ministros e a do próprio Supremo.

Segundo a empresa de análise de dados, é de Alexandre Moraes a postagem com o maior número interações entre as 1.270 publicações dos ministros e do perfil do Supremo desde 1º de janeiro deste ano. 

No último dia 9 de julho, Alexandre defendeu a democracia, o Estado de Direito e a realização de eleições em 2022 após Bolsonaro fazer ameaças ao pleito do ano que vem. A postagem do ministro alcançou, segundo o Bites, 51.364 interações.

"Os brasileiros podem confiar nas instituições, na certeza de que, soberanamente, escolherão seus dirigentes nas eleições de 2022, com liberdade e sigilo do voto. Não serão admitidos atos contra a democracia e o Estado de Direito, por configurar crimes comum e de responsabilidade", escreveu Alexandre no Twitter.

Segundo o diretor do Bites, Manoel Fernandes, essa estratégia de comunicação dos ministros tem repercussão para além das fronteiras das redes sociais. "Ela impacta, por exemplo, nas buscas no Google Brasil sobre os integrantes do STF", afirmou.

Todos os meses, considerando a média do último ano, são feitas cerca de 600 mil buscas na internet relacionadas aos ministros da Suprema Corte. O volume em torno de Mendes, Barroso e Alexandre representa 42% do total.

ConJur