O grupo prosseguirá no segmento de hospitalidade, utilizando a marca Maksoud Plaza, diz trecho do comunicado divulgado pelo hotel.

O Maksoud Plaza, que fechou as portas na terça-feira (7/12), depois de 42 anos de glamour na cidade de São Paulo, divulgou nota detalhando os motivos da crise que ocasionou o encerramento de suas atividades. Além de reembolsar os hóspedes que fizeram reservas, o grupo afirma que irá honrar com todos os seus compromissos, em especial a indenização integral de todos os colaboradores dispensados. (Leia nota completa no final deste post).


Fundado em 1979, o Maksoud Plaza recebeu em 42 anos mais de 3 milhões de hóspedes. No comunicado o grupo informou que teve um prejuízo de mais de R$ 20 milhões em função da crise causada pela Covid-19. O hotel ficou fechado entre março e setembro de 2020, o que agravou a situação financeira do grupo.

Fechamento causado por baixa taxa de ocupação


“Mesmo após a reabertura, o hotel e todo o setor que depende do turismo de negócios vêm sofrendo com as baixas taxas de ocupação e redução do número de eventos. A expectativa do mercado indica que esse segmento só terá recuperação após 2023”, diz trecho da nota.

Grupo promete continuar no ramo de hospitalidade


“O grupo prosseguirá no segmento de hospitalidade, utilizando a marca Maksoud Plaza. Em breve, a empresa anunciará novidades sobre esses projetos”, diz outro trecho da nota. Na última segunda-feira um dos proprietários do hotel, Henry Maksoud se reuniu com os funcionários, oportunidade que agradeceu o empenho de todos. (foto).

 

História do Maksoud Plaza


Fundado em 1979, o hotel foi o primeiro cinco estrelas da cidade de São Paulo. O prédio é marcado pelo arrojo arquitetônico, introduzindo inovações como os primeiros atrium lobby e elevadores panorâmicos do país. Frank Sinatra apresentou-se no Salão Nobre do hotel em 1981.

O Maksoud Plaza tornou-se o destino certo da realeza, astros da música e celebridades. Entre os seus hóspedes estão os príncipes Rainier e Albert, de Mônaco, a primeira-ministra da Grã-Bretanha, Margareth Thatcher, os Rolling Stones, Ray Charles, a atriz francesa Catherine Deneuve e o diretor espanhol Pedro Almodóvar, entre tantos outros.


Nos anos 1980 e 1990, o 150 Night Club foi uma das casas de espetáculos mais disputadas do Brasil. Músicos como Tom Jobim, Julio Iglesias, Bobby Short, Alberta Hunter, Etta James, Billy Eckstine, Buddy Guy e Dorival Caymmi fizeram shows memoráveis no local. Em 2015, o Frank Bar foi inaugurado e logo entrou na lista dos melhores bares do mundo.

Leia nota completa do do Maksoud Plaza

A HM Hotéis, administradora do Maksoud Plaza, e sua controladora, a Hidroservice
Engenharia, comunicam que o hotel encerrou suas atividades nesta terça-feira
(7/12/2021), após 42 anos de atividades.

A crise sanitária causada pelo Covid-19 teve enorme impacto sobre os setores de
hospitalidade. O Maksoud Plaza ficou fechado pela primeira vez em sua história
entre março e setembro de 2020. Isso causou prejuízos que superam R$ 20
milhões.


Mesmo após a reabertura, o hotel e todo o setor que depende do turismo de
negócios vêm sofrendo com as baixas taxas de ocupação e redução do número de
eventos. A expectativa do mercado indica que esse segmento só terá recuperação
após 2023.

O fechamento do hotel se dá em momento oportuno, dada a necessidade de
reestruturação financeira do grupo ao qual pertence, afetado por dívidas herdadas
de empresas extintas, como a própria Hidroservice Engenharia – que chegou a ser,
nos anos 1960 e 1970, a maior empresa de projetos de engenharia para grandes
obras de infraestrutura do Brasil.

A HM Hotéis, proprietária do Maksoud Plaza, vinha arcando com os custos deste
pesado endividamento herdado das outras empresas. Em setembro de 2020, o
grupo ingressou com pedido de recuperação judicial, aprovado pelos credores e
homologado pela Justiça.

Com a recuperação judicial (RJ), o grupo conseguiu reduzir e alongar o prazo de
pagamento das dívidas, utilizando-se para isso de imóveis que compunham o
patrimônio do grupo. As dívidas incluídas na RJ foram reduzidas pela metade e
parceladas para pagamento em até 23 anos – com exceção dos créditos
trabalhistas, que serão pagos em até 12 meses.

Em paralelo à RJ, o grupo também renegociou outros débitos herdados pela HM
Hotéis que não estavam incluídos no processo, como dívidas tributárias, entre
outras. Assim, o endividamento fiscal federal total do grupo foi reduzido em mais
de 60% e o saldo remanescente parcelado em até 10 anos.

No caso do hotel, o prédio e seu terreno foram arrematados em 2011, em leilão da
Justiça do Trabalho, para pagar dívidas trabalhistas do grupo. O leilão, porém, foi
suspenso pela Justiça, e agora as partes entraram em acordo para encerrar a
disputa judicial.

Apesar do fechamento do Hotel, a HM Hotéis prosseguirá honrando seus
compromissos firmados no processo de RJ, assim como arcará com a indenização
integral de todos os colaboradores dispensados. Os clientes que tinham reservas
futuras no Maksoud Plaza serão reembolsados.

A HM Hotéis prosseguirá no segmento de hospitalidade, utilizando a marca
Maksoud Plaza. Em breve, a empresa anunciará novidades sobre esses projetos.
A Hidroservice Engenharia, a HM Hotéis e o Maksoud Plaza agradecem aos
colaboradores, parceiros, fornecedores e, em especial, aos mais de 3 milhões de
hóspedes que ajudaram a construir a história do hotel e da cidade de São Paulo.