A longevidade dos brasileiros está aumentando cada vez mais e a expectativa de vida já beira os 77 anos. Mas é desafiante tentar responder à pergunta sobre em que condições serão vividos esses longos tempos que a cada dia se avizinham. Uma pergunta importante pode ser feita sobre o local em que os idosos residirão e a partir de qual idade, condições funcionais, sociais e financeiras. É o que aborda Simone Cunha em seu artigo Em que momento o idoso não deve mais viver sozinho?, publicado pelo blog Viva bem, hospedado no portal UOL.

E com isso surge o questionamento, até quando eles devem viver sozinho? Não existe uma resposta exata a essa pergunta, afinal depende muito do estado em que cada idoso está. Normalmente ela vai precisar de supervisão quando está com problemas em sua locomoção ou cognição e isso o coloca em risco. Por exemplo, ele pode estar bem para tomar banho sozinho ou se vestir, mas já esqueceu a panela no fogo três vezes, o que coloca sua integridade física em risco. Mas isso não significa que os filhos e netos não devem estar de olho mesmo que a distância.
A melhoria da gestão deve ser contínua também no SUS.

O Sistema Único de Saúde (SUS) completou 30 anos com bom alcance social, mas vive um momento extremamente desafiante com limitações trazidas pelo teto dos gastos públicos em função da busca pelo equilíbrio das contas públicas. Enquanto isso a demanda pelos serviços continua crescente e a economia reage muito devagar numa conjuntura em que mais de 13 milhões de pessoas estão desempregadas. É claro que a melhoria da gestão ajudará a ampliar os resultados e a fazer mais e melhor com o orçamento existente. Nesse sentido é importante conhecer a abordagem feita por Rafael Muñoz, no artigo O SUS na encruzilhada: gastar melhor para melhorar a qualidade publicado pela Folha de São Paulo.

Melhor eficiência poderia aumentar o número de consultas médicas por habitantes na atenção primária em mais de quatro vezes (do atual 1,72 para mais de 8,36 consultas por habitante, por ano), aumentar em quase 80% o número de internações hospitalares, e em 40% a cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Essas melhorias ajudariam a reduzir um dos grandes gargalos do sistema atual, que é o acesso e cobertura a serviços essenciais. Tudo isso sem a necessidade de mais recursos financeiros.
A proteção de dados no Brasil.

O recente vazamento de 2,4 milhões de dados de usuários do SUS na internet chamou a atenção para a efetividade da Lei Geral de Proteção de Dados, que não responde a todas as questões ligadas à gestão da segurança dos sistemas. Leia interessante abordagem sobre o tema feita por Ronaldo Lemos no artigo Quem vigia os vigilantes?, publicado pela Folha de São Paulo.

O Brasil decidiu adotar um modelo de lei de proteção de dados que é similar ao da Europa. Só que periga fazer isso pela metade. Poderá ter uma lei como a europeia nas obrigações, mas incompatível na parte da autoridade. Com isso teremos todos os ônus, mas podemos perder os bônus (como livre transferência internacional de dados), por incompatibilidade com uma parte essencial do modelo.