A validade da concessão esta acabando e o desespero bate à porta da emissora
A TV Globo não perde a pose quando transforma bandidos em mocinhos. Faz isso diuturnamente, ainda que a ética jornalística tenha que ser mandada para as cucuias. Nada é por acaso em se tratando de ações espetaculares envolvendo o STF e a cobertura “jornalística” da Globo. Na última semana a Corte Suprema ganhou tempo e destaque nos telejornais da emissora quando ela, explicitamente, tomou partido em defesa de um dos membros do STF, mirando claro, o futuro próximo na política do toma lá da cá.
A defesa do ministro Alexandre de Moraes é o exemplo prático de que é dando que se recebe. Percebendo a reação quase unanime da população, incluindo até anti-bolsonaristas contra o ato ilegal do ministro na liminar que proibiu a posse do diretor da Polícia Federal – Alexandre Ramagem – e as consequências disso na ordem dos poderes em Brasília, a emissora não titubeou, virou advogada de defesa de Moraes, como vem fazendo com outros conspiradores. Lembra a máxima de que uma mentira contada mil vezes acaba virando verdade? Qualquer verosimilhança com o pseudojornalismo Global não é mera coincidência.
A ação monocrática de Moraes contraria a Constituição, o bom senso e o principio da razoabilidade, colocando em dúvida a independência dos poderes. A toga foi posta para escanteio e o ativismo político tomou a frente em defesa de interesses nada republicanos. Ato continuo, Alexandre contrariou a Lei de Segurança Nacional em pelo menos cinco artigos. Ao usar a caneta onde não deveria, invadiu alçada de ninguém menos do que o Presidente da República.
O atentado rompe com o pacto de independência tripartite, confisca autoridade do presidente e expõe a ordem democrática com risco iminente de revolta popular. O ministro apaga fogo com gasolina. Bolsonaro foi eleito por 58 milhões brasileiros que não estão mortos, ao contrário, representam um exército pronto para guerra. Até aqui o Presidente não esteve envolvido em atos de improbidade que lhe confira reputação duvidosa. Alexandre parece não perceber a gravidade do momento e cutuca a onça com a vara curta, subestimando a tolerância do povo. A Globo e o Datafolha não fizeram e deveriam fazer pesquisa para medir o nível de tensão e os riscos de uma explosão social…
O ministro vale lembrar, é filiado ao PSDB, foi secretário de segurança de São Paulo, e é amigo de João Dória Junior. Alexandre de Moraes foi indicado por Michel Temer para o cargo de ministro do Supremo também por amizade, e não por competência. O ato tresloucado de sua excelência configura no entendimento de milhões de brasileiros que conhecem as leis e os próprios operadores do direito, crimes de injuria e difamação, passíveis de inquérito policial e pena previstas em Lei.
Inexplicavelmente a tal liminar expedida por Moraes a pedido do PDT (não esqueçam desta sigla na eleições) foi amparada em suposições sem materialidade ou fato concreto. O magistrado agiu como um profeta em exercício de futurologia, antecipando-se a ordem elementar do direito e imputando culpa onde não há crime. As nomeações no segundo escalão do executivo é uma prerrogativa do presidente discricionariamente, amparado pela Constituição.
Se não é uma afronta e tentativa explicita de desestabilizar o governo podemos supor que Alexandre de Moraes milita em defesa de alguém e de algo que não é exatamente o que ele alega. Seria então em defesa de Michel Temer, que esta prestes a perder poder no Porto de Santos, em virtude dos acordos de Bolsonaro com o Centrão? A Globo não demorou compreender isso e colocou seu arsenal e time de ‘repórteres atores’ em defesa do ministro mirando-se no futuro próximo quando sua concessão estiver na berlinda, o que não deve demorar.
Alexandre de Moraes virou garoto propaganda com direito à defesa e sustentações orais de colegas da Corte Suprema – todos farinha do mesmo saco – como se ali reunissem deuses do Olimpo, e não homens sujeitos as idiossincrasias do cotidiano. Embora vaidosos, se sentindo vestais do direito e donos da verdade, imunes a erros, são indivíduos, e deveriam temer se não as leis, a Deus e ao povo que dá sinais de exaustão, prestes a explodir tamanho escárnio contra o presidente da República eleito democraticamente.
Aliás, a credibilidade de suas excelências anda abalada e nenhum deles pode se quer circular onde haja aglomerações populares, sob pena de linchamento. O termômetro não acendeu a luz amarela de alerta por acaso naquela Casa que deveria ser “guardiã das leis”. Alexandre de Moraes cometeu um crime e por ele, pode ser preso com base na Lei de Segurança Nacional. Imagine se a moda pega?
Bolsonaro não usou a Lei de Segurança Nacional, mas se quiser, pode.
Recolhido a minha insignificância, pedindo de joelhos a Deus forças e proteção para o presidente, sugiro a ele perguntar ao povo o que merece o magistrado ativista e seus defensores…
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