Imagine um local onde o tratamento dado às pessoas que frequentam respeita o critério do que elas são, e não o cargo ou posição que elas ocupam na sociedade?

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Um “puxadinho” que tem nome e nele o juiz de direito, a desembargadora; o político do partido a ou b; a micro ou o mega empresário; o policial ou a procuradora de justiça; o governador ou a gari; o artista e a cantora; o professor ou a garçonete; o motorista e a professora; o marinheiro ou a cozinheira; o jornalista e o poeta; a delegada ou o prefeito, e até o presidente da República são tratados com a mesma deferência. Este é o espírito da Confraria. Se existe?

Claro que existe, e é dele que vai falar em texto brilhante, resumo do espírito democrático de uma confraria que leva o nome do seu fundador. O repentista assim como eu tem a honra de ser membro desta entidade pra lá de informal, que é fonte de luz para quem frequenta e para quem mesmo que de passagem, teve o prazer de conhecer. O texto é de Fabiano Cazeca, diretor presidente do Grupo Multimarcas, confrade do Fogão.

UM LUGAR PEQUENO MOVIDO POR UM CORAÇÃO GIGANTE

POR: Fabiano Lopes Ferreira

Lá bem no alto do Santa Lúcia, na romântica capital mineira, em uma rua plana e tranquila, existe um pequeno lugar movido por um coração gigante. O espaço tem nome e codinome. No início se chamava Confraria do Fogão à Lenha do Roberto Gontijo, depois, lhe deram o codinome de Espaço Democrático de Convivência. Não sei por que, mas eu prefiro este!

Lá realmente é um lugar mais do que especial. Ele é mágico. Lá já tive o privilégio e o susto de ver as alas mais radicais da esquerda e da direita se confabulando e se respeitando.

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Daquele cantinho mágico já vi sair empresários, executivos, deputados, ministros, governadores e presidentes. Mas já vi também garis, artistas de circo e de teatro. Aquele lugar realmente é enigmático.

Ninguém consegue uma explicação lógica para tanta magia e habilidade na arte de aproximar pessoas. Lá sempre há “um portão aberto, um fogão aceso e um coração escancarado”.

Em sua peculiar modéstia, seu idealizador, o amigo de longas e emocionantes batalhas, o grande, simples e sábio Roberto Gontijo, sempre lembra que “a falta de conforto do espaço é recompensada pela alegria de receber e por muito calor humano”.

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Esse lugar e sua sabedoria podem ser comparadas ao código do viajante, tão decantado pelos escritores e juristas de todo mundo, “se você estiver viajando por um deserto árido e encontrar uma fonte d’agua, abaixe-se e beba daquela água. Ela poderá lhe ser muito útil em sua caminhada.

Então, quem estiver em busca de pessoas e oportunidades deve passar na Rua Marte, se deliciar da tradicional cozinha mineira no famoso fogão à lenha, alegrar-se com aquela cachacinha no barril de amburana, aquecer-se na abundância do calor humano do seu idealizador e aprender com quem realmente sabe encantar e descobrir lideranças.

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Ficou com vontade? Lá só entra se for convidado, mas se não for, também será bem vindo (a), pois é neste espaço democrático que fica sediada a Confraria do Fogão a Lenha do Roberto Gontijo, entidade que acaba de debutar, completando 15 anos de serviços prestados a Minas Gerais e aos homenageados das segundas feiras. O lema é: “Agora é Lei, toda segunda é Legal e dia de confraternização”.

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