Você já deve ter ouvido diversas vezes em tom de exclamação que “o tempo não para” ou “o ano está voando, passando rápido demais”. O mínimo que se pode esperar é que as pessoas consigam fazer uma melhor gestão de seu próprio tempo, que conheçam o básico de um método de gestão e o coloquem em prática no dia-a-dia. De repente quem planejou o próprio ano em curso pode e deve encontrar um tempo na agenda para avaliar o que foi planejado, o que foi executado, quais os resultados alcançados, as pendências existentes e os próximos passos com os devidos reposicionamentos. Afinal de contas já estamos na primavera, cujas características se manifestaram bem antes do fim do inverno que bateu recorde de altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e queimadas de diversas dimensões.

O que ainda resta ou é possível fazer nesses últimos três meses do ano em que  teremos pela frente a festa da padroeira nacional, o dia dos nossos finados, a lembrança da Proclamação da República – nem tão republicana assim, a festa de Natal e a virada do ano. Nesse sentido vale a pena focar no planejamento e execução de ações relativas ao indivíduo, à família, ao trabalho profissional e à inserção na sociedade. É obvio que são muitas as variáveis e as dimensões envolvidas em função das especificidades e contextos vividos, de modo que cada caso é um caso.

Entretanto, de qualquer maneira, se muitas são as necessidades diante de recursos nem tão abundantes assim, inclusive financeiros, torna-se essencial estabelecer as prioridades a serem atendidas em função das restrições existentes. Pelo visto surgirão muitas coisas que serão transferidas para o planejamento de 2020, que também precisa começar a ser pensado. Partindo pelo lado individual e familiar, a título de exemplo, seria importante relembrar o que é preciso fazer ainda esse ano no que tange às condições de saúde em relação a indicadores acompanhados por médicos, dentistas, nutrólogos, fisioterapeutas…

Outro exemplo a ser usado para ilustrar o que estou propondo é verificar o que ainda pode ser feito nesse ano em relação à meta hipotética, digamos, de visitar 10 amigos ou famílias amigas até a virada do ano, mas sem deixar tudo para o último dia. De repente fico imaginando que uma provável avaliação do resultado dessa meta pode ter mostrado que até agora só três foram visitados. É claro que não valem o bom dia, boa tarde e boa noite do WhatsaApp.

Caminhando para o último exemplo ilustrativo sugiro uma análise do orçamento familiar anual para verificar a distância que existe até o momento entre o que foi orçado e o que foi gasto, para enxergar o que realmente está acontecendo. Será possível terminar o ano sem aumentar o endividamento ou simplesmente quebrado?

Essa é uma possibilidade que temos para testar a nossa capacidade de intervir nos processos do dia-a-dia de nossas vidas, nos implicando neles como parte essencial de seu desenrolar. Tudo começa com a gente e depende também de nós. Tomemos os cuidados necessários para agir, pois o tempo não vai parar.