COBERTURA PRESIDENCIAL

Como resposta ao processo que a rede CNN apresentou contra a Casa Branca, Donald Trump divulgou nota nesta quarta-feira (14/11) afirmando que, como presidente dos Estados Unidos, tem ampla prerrogativa para decidir quem entra na sede do governo. A Fox News também faz parte do processo.

Nesta terça-feira (13/11), a emissora de televisão CNN anunciou que moveu uma ação judicial contra Trump e alguns de seus assessores em um tribunal federal de Washington. O motivo é o descredenciamento do jornalista do canal Jim Acosta, repórter responsável pela cobertura da Casa Branca. Para a televisão, a decisão é inconstitucional.

Em resposta formal ao processo, a Casa Branca afirmou que "nenhum jornalista tem direito constitucional baseado na Primeira Emenda de entrar na Casa Branca". A referida emenda estabelece que o Congresso dos EUA não pode fazer nenhuma lei que impeça o livre trabalho da imprensa.

"O presidente e a Casa Branca possuem a mesma prerrogativa ampla para regularem acesso à Casa Branca para jornalistas (e outros membros do público) que eles possuem para selecionar quais jornalistas recebem entrevistas, ou quais jornalistas recebem atenção nas coletivas de imprensa", disse a Casa Branca em seu anúncio.

Descredenciamento

Em sua petição, a CNN alega que o presidente e seus assessores violaram a Primeira Emenda à Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão e de imprensa, e a Quinta Emenda, que descreve a necessidade do devido processo legal. A emissora pede que a Justiça determine a restauração imediata da credencial do jornalista e proíba que o fato se repita.

A emissora alega ainda em sua petição que jornalistas de inúmeros órgãos de imprensa vivem sob ameaça de descredenciamento na Casa Branca. “Embora a ação se refira à CNN e Acosta, isso pode acontecer com qualquer outro jornalista ou órgão de imprensa. Se não forem contestadas, as ações da Casa Branca podem criar um efeito desastroso para qualquer jornalista que cubra autoridades governamentais”, diz.

Acosta foi descredenciado depois de um desentendimento com Trump, durante uma coletiva de imprensa. Ele perguntou ao presidente porque este vinha considerando a caravana de pessoas que pretendia entrar nos EUA uma invasão, quando "não é uma invasão". Trump se recusou a responder e mandou uma funcionária da Casa Branca retirar o microfone de Acosta.

fonte: ConJur