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A última vez que o Brasil concorreu a Melhor Filme Internacional foi com o próprio Central do Brasil, também dirigido por Salles e, após a onda de sucesso de Ainda Estou Aqui, que o levou à almejada e inédita nomeação brasileira na categoria de Melhor Filme, as possibilidades de ele sobressair contra o então favorito Emilia Pérez, representante da França que desidratou com polêmicas envolvendo a atriz Karla Sofía Gascón, aumentaram substancialmente. E resta aos brasileiros manter a torcida que provocou comoção em todas as camadas da sociedade e parou as rodas de conversa.
Apesar das vitórias expressivas de Demi Moore, por A Substância, no Sindicato dos Atores, no Globo de Ouro e no Critics’ Choice, muitos especialistas de veículos internacionais apostam na possível rejeição ao gênero terror, o que pode favorecer o estilo clássico e emocionalmente impactante da interpretação de Fernanda Torres como Eunice Paiva. A atriz brasileira, que se tornou um ícone mundial, pediu lá atrás para que não se criasse um clima de copa do mundo. Não teve jeito. O Brasil vem galvanizando a torcida desde a exibição do longa de Salles no Festival de Veneza e, em pleno domingo de carnaval, todos estarão acompanhando a premiação totalmente vidrados.
Demorou meses nessa temporada para aparecer o líder da corrida pela estatueta principal, mas, após a divulgação dos prêmios do Sindicato dos Produtores, dos Diretores e dos Roteiristas, a comédia dramática vencedora Anora passou na frente e é considerado o favorito a Melhor Filme, assim como o seu diretor Sean Baker nas categorias de Direção e Roteiro Original, além das chances reais de uma virada da protagonista Mikey Madison em Melhor Atriz. O sucesso e popularidade do suspense papal Conclave, de Edward Berger, porém, representa uma segunda possibilidade, sobretudo após o filme ganhar o BAFTA e o prêmio de Melhor Elenco do Sindicato dos Atores, também excelentes termômetros.
Mesmo que estatisticamente pouco provável, existe para alguns especialistas na indústria a possibilidade de a aclamação absoluta de Ainda Estou Aqui ter atingido uma proporção maior do que qualquer um poderia prever e o longa brasileiro acabar prevalecendo até na categoria máxima do Oscar 2025. Entre confetes e serpentinas, os sonhos já estão virando realidade.
Nessa edição do Oscar, blockbusters que ficaram entre as maiores bilheterias do ano, como Duna: Parte 2 e Wicked, devem sair da cerimônia com prêmios técnicos pontuais, disputando Melhor Design de Produção, Figurino, Som e Efeitos Visuais. Já o terror extremo A Substância se tornou apenas o 7° longa do gênero a concorrer a Melhor Filme (o último foi Corra!, em 2018) e chega com chances fortes em pelo menos três categorias, incluindo Melhor Atriz, Maquiagem e, talvez Roteiro Original.
O drama ambicioso O Brutalista é a maior ameaça ao ligeiro favoritismo de Sean Baker na categoria de Melhor Direção, já que o diretor Brady Corbet foi reconhecido no Globo de Ouro e no BAFTA e traz consigo um trabalho de realização cheia de virtuosismos técnicos. Adrien Brody, que protagoniza o longa, também vem com força para levar o prêmio de Melhor Ator, mas a vitória de Timothée Chalamet no Sindicato dos Atores por Um Completo Desconhecido levantou uma nova possibilidade.
Na disputa de Melhor Animação, tudo indica que o favorito é Robô Selvagem, que saiu na frente no Annie Awards (o 'Oscar' da animação) e concorre ainda a Melhor Som e Trilha Sonora Original, mas não se pode descartar a possibilidade de uma vitória do aclamado Flow, que concorre ainda na categoria de Melhor Filme Internacional, representando a Letônia.
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A última vez que o Brasil concorreu a Melhor Filme Internacional foi com o próprio Central do Brasil, também dirigido por Salles e, após a onda de sucesso de Ainda Estou Aqui, que o levou à almejada e inédita nomeação brasileira na categoria de Melhor Filme, as possibilidades de ele sobressair contra o então favorito Emilia Pérez, representante da França que desidratou com polêmicas envolvendo a atriz Karla Sofía Gascón, aumentaram substancialmente. E resta aos brasileiros manter a torcida que provocou comoção em todas as camadas da sociedade e parou as rodas de conversa.
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Na disputa de Melhor Animação, tudo indica que o favorito é Robô Selvagem, que saiu na frente no Annie Awards (o 'Oscar' da animação) e concorre ainda a Melhor Som e Trilha Sonora Original, mas não se pode descartar a possibilidade de uma vitória do aclamado Flow, que concorre ainda na categoria de Melhor Filme Internacional, representando a Letônia.