array(31) {
["id"]=>
int(160501)
["title"]=>
string(111) "Cannes: estreia de 'Lula', do diretor americano Oliver Stone, se torna um ato de apoio ao presidente brasileiro"
["content"]=>
string(4600) "
A estreia do documentário "Lula", do cineasta americano Oliver Stone, no Festival de Cinema de Cannes, no domingo, transformou-se em um ato de apoio ao presidente brasileiro, com aplausos e vivas no salão.
"Este filme é sobre uma pessoa muito especial", disse Stone à sala antes do início do filme.
"Oliver Stone é alguém para quem filmar, colocar uma câmera, são armas e uma forma de reescrever, de visitar a história contemporânea", explicou Thierry Frémaux, delegado geral do Festival, que lembrou a atenção que o autor de "Salvador: O Martírio de um Povo" (1986) tem dado à América Latina há décadas.
Apresentado fora da competição, "Lula" retrata rapidamente a infância e a juventude de Luiz Inácio Lula da Silva para se aprofundar em seu compromisso sindical e político.
Com uma música de suspense à medida que o documentário se aproxima das polêmicas eleições de 2022, Stone, 77 anos, não esconde sua predileção pelo presidente, que é apenas um ano mais velho que ele.
No auditório, vaias e gritos podiam ser ouvidos a cada aparição do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).
O mesmo aconteceu com a figura do ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, o responsável pela investigação que acabou levando Lula à prisão por 580 dias, entre abril de 2018 e novembro de 2019.
O caso Lava Jato
O documentário analisa o caso Lava Jato do ponto de vista dos advogados de Lula e do jornalista americano Glenn Greenwald, apoiador de Lula, que fornece o contexto histórico.
Stone co-assinou o documentário com seu colaborador Rob Wilson, com quem criou obras como "JFK", sobre o assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy.
O documentário apresenta as acusações de corrupção contra Lula como não comprovadas.
Stone, convidado regular do Festival de Cinema de Cannes, não realizou uma coletiva de imprensa para apresentar o documentário.
Lula "foi preso por corrupção, que é como as coisas geralmente são feitas nesses países", disse o diretor e roteirista à AFP em abril, em Paris, onde foi promover outro documentário.
Conhecedor da história recente da América Latina, embora de uma perspectiva de esquerda, Stone considera que Lula estava prestes a sofrer o mesmo destino de outros líderes da região que foram derrubados por golpes militares.
Paralelismo com Trump
O cineasta também traçou um paralelo entre essas acusações legais, que ele descreveu como "lawfare" (uso indevido da lei para anular um rival político) e as que o ex-presidente Donald Trump está sofrendo atualmente nos Estados Unidos.
Trump, candidato republicano à presidência, foi indiciado por dezenas de acusações em nível estadual e federal.
O ex-presidente conservador é vítima de "lawfare", como "Lula foi em sua época", disse ele na entrevista.
"Eles o estão usando contra ele, totalmente", disse.
Ao mesmo tempo, Stone acredita que os EUA estão de olho no Brasil. "É um grande país e eles chegaram muito perto de controlá-lo" durante a crise que levou às eleições de 2022, disse ele.
Stone já filmou outros líderes latino-americanos, e entre seus documentários mais conhecidos estão "Comandante", dedicado a Fidel Castro (2003) e "Mi Amigo Hugo", dedicado a Hugo Chávez (2014).
"
["author"]=>
string(25) "AFP/ Diario de Pernambuco"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(615493)
["filename"]=>
string(14) "lulaespecc.jpg"
["size"]=>
string(5) "36679"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(10) "iinternas/"
}
["image_caption"]=>
string(118) "Cena do documentário 'Lula', do cineasta americano Oliver Stone, no Festival de Cinema de Cannes (foto: Divulgação)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(136) ""Este filme é sobre uma pessoa muito especial", disse Stone à sala antes do início do filme
"
["author_slug"]=>
string(24) "afp-diario-de-pernambuco"
["views"]=>
int(70)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(106) "cannes-estreia-de-lula-do-diretor-americano-oliver-stone-se-torna-um-ato-de-apoio-ao-presidente-brasileiro"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(465)
["name"]=>
string(6) "Cinema"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "cinema"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(465)
["name"]=>
string(6) "Cinema"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "cinema"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-05-20 20:57:17.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-05-20 20:57:17.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2024-05-20T20:50:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(24) "iinternas/lulaespecc.jpg"
}
A estreia do documentário "Lula", do cineasta americano Oliver Stone, no Festival de Cinema de Cannes, no domingo, transformou-se em um ato de apoio ao presidente brasileiro, com aplausos e vivas no salão.
"Este filme é sobre uma pessoa muito especial", disse Stone à sala antes do início do filme.
"Oliver Stone é alguém para quem filmar, colocar uma câmera, são armas e uma forma de reescrever, de visitar a história contemporânea", explicou Thierry Frémaux, delegado geral do Festival, que lembrou a atenção que o autor de "Salvador: O Martírio de um Povo" (1986) tem dado à América Latina há décadas.
Apresentado fora da competição, "Lula" retrata rapidamente a infância e a juventude de Luiz Inácio Lula da Silva para se aprofundar em seu compromisso sindical e político.
Com uma música de suspense à medida que o documentário se aproxima das polêmicas eleições de 2022, Stone, 77 anos, não esconde sua predileção pelo presidente, que é apenas um ano mais velho que ele.
No auditório, vaias e gritos podiam ser ouvidos a cada aparição do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).
O mesmo aconteceu com a figura do ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, o responsável pela investigação que acabou levando Lula à prisão por 580 dias, entre abril de 2018 e novembro de 2019.
O caso Lava Jato
O documentário analisa o caso Lava Jato do ponto de vista dos advogados de Lula e do jornalista americano Glenn Greenwald, apoiador de Lula, que fornece o contexto histórico.
Stone co-assinou o documentário com seu colaborador Rob Wilson, com quem criou obras como "JFK", sobre o assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy.
O documentário apresenta as acusações de corrupção contra Lula como não comprovadas.
Stone, convidado regular do Festival de Cinema de Cannes, não realizou uma coletiva de imprensa para apresentar o documentário.
Lula "foi preso por corrupção, que é como as coisas geralmente são feitas nesses países", disse o diretor e roteirista à AFP em abril, em Paris, onde foi promover outro documentário.
Conhecedor da história recente da América Latina, embora de uma perspectiva de esquerda, Stone considera que Lula estava prestes a sofrer o mesmo destino de outros líderes da região que foram derrubados por golpes militares.
Paralelismo com Trump
O cineasta também traçou um paralelo entre essas acusações legais, que ele descreveu como "lawfare" (uso indevido da lei para anular um rival político) e as que o ex-presidente Donald Trump está sofrendo atualmente nos Estados Unidos.
Trump, candidato republicano à presidência, foi indiciado por dezenas de acusações em nível estadual e federal.
O ex-presidente conservador é vítima de "lawfare", como "Lula foi em sua época", disse ele na entrevista.
"Eles o estão usando contra ele, totalmente", disse.
Ao mesmo tempo, Stone acredita que os EUA estão de olho no Brasil. "É um grande país e eles chegaram muito perto de controlá-lo" durante a crise que levou às eleições de 2022, disse ele.
Stone já filmou outros líderes latino-americanos, e entre seus documentários mais conhecidos estão "Comandante", dedicado a Fidel Castro (2003) e "Mi Amigo Hugo", dedicado a Hugo Chávez (2014).