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De acordo com o portal Filme B, especializado em mercado cinematográfico, a pandemia de coronavírus que se alastra pelo país foi responsável pelo encerramento das atividades em 577 salas, de um total de cerca de 3.500 (cerca de 16%).
"O prejuízo é enorme e todas as salas do Brasil vão fechar, é só uma questão de tempo", afirma Paulo Sérgio, diretor do site.
Quase todos os estados foram afetados, sendo o Rio de Janeiro o responsável pelo pior cenário para o parque exibidor, já que o governador Wilson Witzel determinou a suspensão de cinemas, teatros e casas de shows por 15 dias, contados a partir da última sexta (13).
Em meio a este cenário, as bilheterias nacionais tiveram uma queda expressiva de público, com menos de um milhão de pessoas indo assistir aos 20 líderes de bilheteria exibidos nas salas remanescentes no último fim de semana.
Na quinta passada, dia 12, o portal já havia notado que desde 2017 não havia uma performance tão ruim dos cinemas em um dia de estreia de filmes, com 86 mil espectadores.
Para acatar as recomendações das autoridades, redes de cinema que operam em São Paulo também estão fechando as portas indefinidamente. Espaço Itaú de Cinema, Petra Belas Artes e Cinesala anunciaram a decisão nesta segunda (16).
No Rio, a regra de suspensão das salas gerou um impasse para a Cinemark, que, de acordo com o portal G1, ofereceu a seus funcionários duas opções: aceitar um plano de demissão voluntária ou um curso de qualificação remunerada, no qual o funcionário receberia uma parcela do salário.
Procurada pela reportagem, a Cinemark não se manifestou sobre o caso. Mas divulgou um comunicado em que pede ao governador de São Paulo, João Doria, a obrigatoriedade de fechamento das salas de cinema do estado.
"A Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas e o Sindicato das Empresas Cinematográficas do Estado de São Paulo vêm a público pedir ao governador de São Paulo, João Doria, que assuma o papel de fechar as salas de cinema do estado, na forma da lei. As empresas exibidoras entendem que a grave situação colocada pela pandemia da Covid-19 é urgente e demanda uma resposta rápida que somente o Estado está habilitado a tomar", diz a carta.
"Infelizmente, o fechamento das salas por iniciativa das empresas demandaria negociações com cada uma das empresas administradoras de cada shopping onde existe uma sala de cinema, o que seria penoso e lento. Os shoppings pertencem a diferentes grupos econômicos, com participação de investidores, fundos de previdência, fundações e outros, o que demandaria diversas instâncias de negociação, resultando num prazo para solução dos problemas que a saúde pública não tem. O bem estar dos espectadores de cinema e dos funcionários das empresas de cinema é hoje a nossa prioridade."
A Kinoplex também ofereceu aos funcionários do Rio alternativa que recebeu críticas nas redes sociais: anunciou férias coletivas.
"A Kinoplex informa que optou pelo benefício, pensando no bem-estar dos seus profissionais, uma vez que, dessa forma, eles recebem o valor integral dos seus salários. A empresa ressalta ainda que 50% da sua rede está no Rio de Janeiro, o que reforça a importância do bom funcionamento da operação no estado".
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Na quinta passada, dia 12, o portal já havia notado que desde 2017 não havia uma performance tão ruim dos cinemas em um dia de estreia de filmes, com 86 mil espectadores.
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