Preocupação de especialistas é se os smartphones poderiam aumentar o risco de desenvolver tumores no cérebro ou na região da cabeça e pescoço
Os possíveis efeitos cancerígenos do uso intenso de celulares são temas de debates frequentes. Cientistas já realizaram uma série de estudos para identificar se e até que ponto as ondas de radiofrequência emitidas pelos dispositivos podem ser prejudiciais, mas parece que não chegaram a uma conclusão.
Como explica uma matéria publicada neste sábado (24) pela BBC Brasil, as ondas de radiofrequência são uma forma de radiação não ionizante, que se desprende dos raios X ou ultravioleta.
Um texto do site da Sociedade Americana Contra o Câncer (ACS, sigla em inglês) explica que "a preocupação é se os smartphones poderiam aumentar o risco de desenvolverem-se tumores no cérebro ou na região da cabeça e pescoço".
As ondas emitidas pelos celulares "não são intensas o suficiente para danificar diretamente o DNA ou aquecer os tecidos do corpo" e "não está claro como os celulares poderiam causar câncer". Mas estudos indicam a possibilidade de desenvolver a doença, mesmo que não seja comprovada.
A BBC explica que a Taxa de Absorção Específica (SAR, sigla em inglês) ajuda a identificar os celulares que emitem mais ou menos radiação. O índice nos permite saber que parte da radiação á retida pelo tecido humano.
Os fabricantes devem informar aos órgãos reguladores de cada país qual é o SAR - que corresponde ao uso do telefone em sua potência máxima - de seus produtos. Muitos compradores sequer verificam essa informação. Para facilitar a consulta, a Agência Federal Alemã de Proteção à Radiação listou os celulares que mais geram ondas de radiofrequência e disponibilizou ao público.
As primeiras posições da lista são o OnePlus 5T, Huawei e o Lumia 630 da Nokia. Também estão na lista o iPhone 7 (em décimo lugar), o iPhone 8 (12º lugar) e o iPhone 7 Plus (15º), além do Sony Xperia XZ1 Compact (11º), o ZTE Axon 7 mini (13º) e o Blackberry DTEK60 (14º).
Não são estipulados níveis seguros de radiação, mas o órgão de proteção ao meio ambiente na Alemanha, o Der Blaue Engel, só aprova aparelhos com um nível de absorção de até 0,60 watts por kg.
Todos os telefones listados ultrapassam o dobro do limite.
Na lista dos celulares com menor radiação, os modelos da Samsung lideram. O primeiro na lista é o Sony Xperia M5 (0,14), seguido do Samsung Galaxy Note 8 (0,17) e S6 edge+ (0,22), Google Pixel XL (0,25) e Samsung Galaxy S8 (0,26) e S7 edge (0,26).
Os modelos Moto G5 plus e Moto Z da Motorola também estão entre os que emitem as mais baixas radiações do mercado.
Para saber a quantidade de radiação que o seu celular emite, basta consultar o manual do equipamento, o site do fabricante ou o site da Comissão Federal de Comunicação dos Estados Unidos (FFC, por sua sigla em inglês).