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Discurso politizado vai marcar desfile do 'Chama o Síndico' na Pampulha

03/03/2019 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h43 por Admin


Raul Mariano
Fonte: hojeemdia.com.br
Trio do bloco está na avenida Abraão Caram, próximo ao Mineirão
Trio do bloco está na avenida Abraão Caram, próximo ao Mineirão

"A cada 20 minutos morre um jovem negro no Brasil", "Somos mineiros, não somos minério", "Pela liberdade de pensamento, dizemos não à escola sem partido", #cadêoqueiroz". As frases estampadas em cartazes e faixas do trio elétrico que vai levar o bloco Chama o Síndico pelos arredores do estádio Mineirão, na Pampulha, reforçam o tom politizado que a cada ano tem se tornado mais evidente no Carnaval de rua de Belo Horizonte.

Com previsão de saída para as 10h, o grupo, que desde 2012 faz reverência às obras de Tim Maia e Jorge Ben Jor, deve arrastar uma multidão pela avenida Abrahão Caram, a exemplo do que aconteceu no ano passado, na avenida Afonso Pena, Centro da capital.

Aos poucos, foliões se aglomeram no local na expectativa de que o cortejo seja maior e melhor nesse ano. O estudante de engenharia Victor Bittencourt, de 25 anos, diz que a orientação política é um dos diferenciais que o trouxeram para o desfile. "Não é nem questão de defender um candidato A ou B. São questões maiores, que dizem respeito ao futuro do país, com as quais comungo fortemente", afirma.

Para a estudante de arquitetura Luisa Paiva, de 21 anos, é mais confortável pular o Carnaval com um bloco que não tem medo de se posicionar. "A gente fica mais tranquilo por saber com quem estamos aproveitando a folia", diz.

Carnaval 2019 Chama o Síndico

Luísa diz que se sente mais confortável em curtir a festa num bloco sem medo de se posicionar politicamente

Fiscalização

Fiscais da prefeitura também trabalham intensamente no local para organizar o posicionamento dos ambulantes que já estão vendendo bebidas nas proximidades.

Muitos desses trabalhadores estavam com produtos expostos na rua, em caixas de isopor, e foram orientados a ficarem nas calçadas, sob pena de terem a mercadoria apreendida.