array(31) {
["id"]=>
int(128071)
["title"]=>
string(65) "Triplica mortalidade de pessoas até 45 anos nas UTIs brasileiras"
["content"]=>
string(3714) "SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O percentual de mortes de jovens entre 18 e 45 anos por Covid-19 nas UTIs brasileiras triplicou, segundo dados compilados de 1.593 unidades de terapia intensivas públicas e privadas do país.
O levantamento é do projeto "UTIs brasileiras", da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e compara um período de relativa calmaria na UTIs, entre setembro e novembro de 2020, com esse momento de colapso, entre 1º de fevereiro até sexta (26).
Os dados mostram que o percentual de jovens mortos passou de 13,1% para 38,5%, um aumento de 193%.
Se observado só o grupo de jovens sob ventilação mecânica, o aumento é de 31%: subiu de 43,2% para 56,6%. A mortalidade geral de pacientes intubados, de todas as faixas etárias, é de 53%.
Ao mesmo tempo que houve um crescimento de 11% nas internações de pacientes com menos de 45 anos nas UTIs, as de pessoas com mais de 80 anos caíram 27,6%.
No período anterior, os mais jovens representavam 18% dos admitidos; agora são 20%. Os mais velhos, eram 13% e hoje são 9,7%.
Os dados da Amib convergem para a última edição do Boletim Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado nesta sexta (26), que mostra que a epidemia de coronavírus rejuvenesceu no Brasil.
Para o médico intensivista Ederlon Rezende, coordenador do projeto, os números derrubam de vez a suposição que se tinha no início da pandemia de que os jovens não desenvolviam a forma mais grave da Covid e não morriam em razão dela. "Agora estamos vendo o contrário", diz ele.
E por que esses jovens estão morrendo mais? Para Rezende, eles estão chegando mais graves aos hospitais ou porque retardaram a ida ou porque tiveram problemas de acesso por falta de vagas nas UTIs.
"Esse gravidade se reflete no fato de que eles estão precisando mais ventilação mecânica, mais prona [técnica que deixa o paciente de barriga para baixo], mais diálise, mais Ecmo [equipamento que funciona como pulmão e um coração artificiais para pacientes que estão com os órgãos comprometidos]", conta.
Outra hipótese é que a nova variante do vírus, conhecida como P1, possa estar associada às formas mais graves.
Segundo ele, é sempre bom lembrar também que muitas UTIs não estão funcionando em suas condições normais, uma vez que houve um aumento exagerado de leitos para a capacidade das equipes.
"A mortalidade está sendo maior em todas as faixas etárias. É o nosso pior momento de mortalidade dentro das UTIs", diz ele.
O deslocamento da incidência da Covid grave para as faixas mais jovens contribui para o cenário crítico da ocupação de leitos de UTI neste momento de colapso.
Por se terem menos comorbidades, a evolução dos casos é mais lenta, e a permanência em leitos de UTI, maior.
"
["author"]=>
string(10) "FolhaPress"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(577697)
["filename"]=>
string(13) "trikovidi.jpg"
["size"]=>
string(5) "87489"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(6) "posts/"
}
["image_caption"]=>
string(17) " © Getty Images"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(104) "Os dados mostram que o percentual de jovens mortos passou de 13,1% para 38,5%, um aumento de 193%
"
["author_slug"]=>
string(10) "folhapress"
["views"]=>
int(70)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(64) "triplica-mortalidade-de-pessoas-ate-45-anos-nas-utis-brasileiras"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(460)
["name"]=>
string(6) "Brasil"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "brasil"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(460)
["name"]=>
string(6) "Brasil"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "brasil"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-03-30 14:01:26.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-03-30 14:01:26.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-03-30T14:00:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(19) "posts/trikovidi.jpg"
}
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O percentual de mortes de jovens entre 18 e 45 anos por Covid-19 nas UTIs brasileiras triplicou, segundo dados compilados de 1.593 unidades de terapia intensivas públicas e privadas do país.
O levantamento é do projeto "UTIs brasileiras", da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e compara um período de relativa calmaria na UTIs, entre setembro e novembro de 2020, com esse momento de colapso, entre 1º de fevereiro até sexta (26).
Os dados mostram que o percentual de jovens mortos passou de 13,1% para 38,5%, um aumento de 193%.
Se observado só o grupo de jovens sob ventilação mecânica, o aumento é de 31%: subiu de 43,2% para 56,6%. A mortalidade geral de pacientes intubados, de todas as faixas etárias, é de 53%.
Ao mesmo tempo que houve um crescimento de 11% nas internações de pacientes com menos de 45 anos nas UTIs, as de pessoas com mais de 80 anos caíram 27,6%.
No período anterior, os mais jovens representavam 18% dos admitidos; agora são 20%. Os mais velhos, eram 13% e hoje são 9,7%.
Os dados da Amib convergem para a última edição do Boletim Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado nesta sexta (26), que mostra que a epidemia de coronavírus rejuvenesceu no Brasil.
Para o médico intensivista Ederlon Rezende, coordenador do projeto, os números derrubam de vez a suposição que se tinha no início da pandemia de que os jovens não desenvolviam a forma mais grave da Covid e não morriam em razão dela. "Agora estamos vendo o contrário", diz ele.
E por que esses jovens estão morrendo mais? Para Rezende, eles estão chegando mais graves aos hospitais ou porque retardaram a ida ou porque tiveram problemas de acesso por falta de vagas nas UTIs.
"Esse gravidade se reflete no fato de que eles estão precisando mais ventilação mecânica, mais prona [técnica que deixa o paciente de barriga para baixo], mais diálise, mais Ecmo [equipamento que funciona como pulmão e um coração artificiais para pacientes que estão com os órgãos comprometidos]", conta.
Outra hipótese é que a nova variante do vírus, conhecida como P1, possa estar associada às formas mais graves.
Segundo ele, é sempre bom lembrar também que muitas UTIs não estão funcionando em suas condições normais, uma vez que houve um aumento exagerado de leitos para a capacidade das equipes.
"A mortalidade está sendo maior em todas as faixas etárias. É o nosso pior momento de mortalidade dentro das UTIs", diz ele.
O deslocamento da incidência da Covid grave para as faixas mais jovens contribui para o cenário crítico da ocupação de leitos de UTI neste momento de colapso.
Por se terem menos comorbidades, a evolução dos casos é mais lenta, e a permanência em leitos de UTI, maior.