O ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto na manhã deste domingo (9) durante uma troca de tiros com a polícia da Bahia. O ex-policial militar foi localizado numa área rural do estado, na cidade de Esplanada. A ação teve apoio da Secretaria de Estado de Segurança da Bahia.

Ele foi apontado pelo MP-RJ como o chefe do Escritório do Crime. A mãe do policial trabalhou no gabinete do atual senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O próprio parlamentar fez homenagens ao ex-capitão.

O ex-militar é suspeito de envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) - o crime aconteceu em março de 2018. Também integrava o chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais e que também faz exploração ilegal de imóveis.

De acordo com registros da Alerj, Flávio Bolsonaro foi o único a votar contra a proposta do deputado estadual Marcelo Freixo (PSol), atual deputado federal, para conceder a medalha Tiradentes em homenagem à vereadora quando o pessolista ocupava um cargo no Legislativo do estado do Rio. 

Em março, foram presos dois suspeitos de serem os assassinos de Marielle: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz. O primeiro é acusado de ter feito os disparos e o segundo de dirigir o carro que perseguiu a parlamentar. 

Lessa morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro. Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos havia postado no Facebook uma foto ao lado de Jair Bolsonaro. Na foto, o rosto de Bolsonaro está cortado. 

Expulso da PM e amizade com Flávio Bolsonaro

Capitão Adriano entrou para a PM fluminense no ano de 1996. Quatro anos depois, concluiu o curso de operações especiais do Bope. Na corporação, fez amizade com Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando este foi deputado estadual. Anos depois, Queiroz indicou a mãe e a mulher de Capitão Adriano para trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro. Adriano chegou a ser homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa. Era o ano de 2005, e ele estava preso sob acusação de cometer homicídio. Nes... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/02/09/miliciano-investigado-por-assassinato-de-marielle-morre-em-confronto-na-ba.htm?cmpid=copiaecola