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string(4185) "O violoncelista Luiz Carlos Justino, 23, que teria sido preso por engano na quarta-feira (2) em uma blitz no centro de Niterói, na região metropolitana do Rio, foi solto neste domingo (6), após decisão da Justiça. O jovem é acusado de participar de um assalto à mão armada ocorrido em 2017. Amigos do rapaz, no entanto, dizem que ele fazia uma apresentação em uma padaria no momento do crime.
Em um vídeo divulgado pela Orquestra de Cordas da Grota, na tarde deste domingo, o rapaz agradece a mobilização de parentes e amigos a seu favor: "Já estou em casa. Eu queria agradecer, primeiramente a Deus, e a todos que se mobilizaram a me ajudar nesse processo, nessa injustiça, é isso".
O alvará de soltura do músico foi expedido pelo juiz André Luiz Nicolitt no plantão judiciário de sábado (5). Na decisão, Nicolitt determinou que o rapaz cumpra prisão domiciliar. "Em termos doutrinários, o reconhecimento fotográfico é colocado em causa em função de sua grande possibilidade de erro. A psicologia aplicada tem se empenhado em investigar fatores psicológicos que comprometem a produção da memória. Neste ramo, encontramos contribuições que dissecam as variáveis que podem interferir na precisão (accuracy) da memória", diz um trecho da decisão.
Segundo o advogado de defesa do músico, Renan Gomes, a soltura do rapaz foi a primeira vitória. "Agora, vamos defendê-lo nos autos do processo e demonstrar que ele é inocente. Ele não tem passagens pela polícia. A abordagem policial que o conduziu à delegacia foi racista. Ele estava sem identidade e foi levado para delegacia por seu estereótipo", disse Gomes que estuda a possibilidade de processar o Estado pela prisão.
No dia em que foi detido, segundo Gomes, o músico havia acabado de fazer uma apresentação com os colegas da orquestra. Ele estava com outros dois amigos, em um bar, quando foi abordado por policiais militares.
De acordo com a Polícia Civil, havia contra o músico um mandado de prisão em aberto. Ele teria sido reconhecido pela vítima por fotografias. Na decisão que decretou a prisão preventiva, a juíza Fernanda Magalhães Freitas Patuzzo afirmou que a prisão do rapaz era necessária para garantir a tranquilidade da vítima que o reconheceu na delegacia.
Presidente da Orquestra de Cordas da Grota, Paulo de Tarso, o crime aconteceu no bairro Vila Progresso, que fica a 7 km da padaria na qual o rapaz tocava em Piratininga, ambos em Niterói. "O Luiz entrou para orquestra, em 2008, quando era adolescente. Atualmente, já estava ganhando dinheiro com a sua profissão. Foi vítima do preconceito por ser negro", lamentou Tarso.
Ainda segundo Tarso, na época do crime, o rapaz tinha contrato fixo com uma padaria, onde tocava violoncelo. As apresentações aconteciam aos domingos pela manhã.
Neste sábado (5), músicos da Orquestra de Cordas da Grota protestaram em frente ao presídio onde o rapaz esteve preso. Na noite de sábado, Justino foi transferido do Complexo Penitenciário de Benfica, na zona norte do Rio, para o Complexo de Guaxindiba, em São Gonçalo, na região metropolitana.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informou apenas que Justino deixou a unidade prisional onde estava acautelado, conforme decisão judicial.
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Em um vídeo divulgado pela Orquestra de Cordas da Grota, na tarde deste domingo, o rapaz agradece a mobilização de parentes e amigos a seu favor: "Já estou em casa. Eu queria agradecer, primeiramente a Deus, e a todos que se mobilizaram a me ajudar nesse processo, nessa injustiça, é isso".
O alvará de soltura do músico foi expedido pelo juiz André Luiz Nicolitt no plantão judiciário de sábado (5). Na decisão, Nicolitt determinou que o rapaz cumpra prisão domiciliar. "Em termos doutrinários, o reconhecimento fotográfico é colocado em causa em função de sua grande possibilidade de erro. A psicologia aplicada tem se empenhado em investigar fatores psicológicos que comprometem a produção da memória. Neste ramo, encontramos contribuições que dissecam as variáveis que podem interferir na precisão (accuracy) da memória", diz um trecho da decisão.
Segundo o advogado de defesa do músico, Renan Gomes, a soltura do rapaz foi a primeira vitória. "Agora, vamos defendê-lo nos autos do processo e demonstrar que ele é inocente. Ele não tem passagens pela polícia. A abordagem policial que o conduziu à delegacia foi racista. Ele estava sem identidade e foi levado para delegacia por seu estereótipo", disse Gomes que estuda a possibilidade de processar o Estado pela prisão.
No dia em que foi detido, segundo Gomes, o músico havia acabado de fazer uma apresentação com os colegas da orquestra. Ele estava com outros dois amigos, em um bar, quando foi abordado por policiais militares.
De acordo com a Polícia Civil, havia contra o músico um mandado de prisão em aberto. Ele teria sido reconhecido pela vítima por fotografias. Na decisão que decretou a prisão preventiva, a juíza Fernanda Magalhães Freitas Patuzzo afirmou que a prisão do rapaz era necessária para garantir a tranquilidade da vítima que o reconheceu na delegacia.
Presidente da Orquestra de Cordas da Grota, Paulo de Tarso, o crime aconteceu no bairro Vila Progresso, que fica a 7 km da padaria na qual o rapaz tocava em Piratininga, ambos em Niterói. "O Luiz entrou para orquestra, em 2008, quando era adolescente. Atualmente, já estava ganhando dinheiro com a sua profissão. Foi vítima do preconceito por ser negro", lamentou Tarso.
Ainda segundo Tarso, na época do crime, o rapaz tinha contrato fixo com uma padaria, onde tocava violoncelo. As apresentações aconteciam aos domingos pela manhã.
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