ENTENDA

Começa neste domingo (11) a remoção dos motores da aeronave que caiu em Vinhedo, São Paulo. O trabalho vai ser feito pela Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), na presença de representantes da Agência Francesa (Bureau D’enquetes Et D’analyses Pour La Securite De L’aviation Civile, France - BEA FRANÇA), por ser responsável pela fabricação da aeronave e, também, de representantes da Agência Canadense (Transportation Safety Board - TSB), responsável pela fabricação dos motores. 

Esse é um passo importante nas investigações das causas que levaram à queda da aeronave. A tragédia já entrou na lista dos maiores desastres ocorridos na área no Brasil levou à morte de 62 pessoas.  A previsão é que um relatório preliminar indicando o que pode ter ocorrido com o veículo está previsto para ser concluído em 30 dias. 

Em nota, o Cenipa explica que “Os motores serão inicialmente armazenados em São Paulo (SP), nas instalações do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), Organização Militar da FAB subordinada ao CENIPA, para o prosseguimento das devidas averiguações técnicas”. 

Imagens da abertura das duas caixas-pretas do avião foram divulgadas neste sábado (10) pelo O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB)

Durante uma audiência pública da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizada em junho deste ano, um piloto acusou a Voepass de fazer pressão para que pilotos trabalhassem fora da escala de trabalho e em seus dias de folga, o que causaria fadiga e aumentaria o risco de acidentes. "Não queremos entrar nessa estatística", disse o piloto. 

A Voepass é a empresa responsável pelo avião que caiu na tarde de sexta-feira (9). Procurada, ela afirmou que "cumpre com todos os requisitos legais, considerando jornadas e folgas, de acordo com o regulamento brasileiro da Aviação Civil RBAC-117 que disciplina a jornada e gestão da fadiga dos tripulantes". O Estadão não conseguiu contato com o piloto, mas o espaço permanece aberto para manifestação.

Segundo o piloto, a companhia aérea chegava a ligar para ele durante seu período de descanso. "A empresa, às vezes, me liga para fazer um voo: 'Vai, vai que dá'". Almeida diz que recusava, porque na escala "diz que não é para ir", mas a empresa insistia: "vai, vai, vai que dá".

"Às vezes, quando você acorda, tem oito ligações da escala, quando você está de folga. Eu estava de folga e precisei desligar meu celular", relatou Almeida.

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